PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Enquanto o restante do Brasil enfrenta uma forte onda de calor, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estão em alerta para tempestades.
O alerta laranja do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) vale até as 10h desta quarta (20) e indica “perigo” de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou 50 e 100 milímetros por dia, de ventos intensos de 60 a 100 km/h e de queda de granizo.
A região do alerta abrange praticamente todo o território do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além do sul do Paraná.
Em Porto Alegre, após um final de semana em que os termômetros chegaram a 33°C, chove desde segunda (18). Embora os volumes de chuva previstos não sejam grandes, haverá pancadas de chuva e trovoadas isoladas até a próxima semana. Entre quarta (20) e quinta (21) há chance de queda de granizo.
Na sexta passada (15), o Governo do Rio Grande do Sul e o MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) anunciaram o cancelamento do desfile farroupilha, que ocorre tradicionalmente em 20 de setembro, feriado local. A decisão ocorreu razão da tragédia na Vale do Taquari, em que 48 pessoas morreram em razão da chuva. Em vez dos festejos, haverá coleta de donativos em diferentes pontos da capital gaúcha.
No Vale do Taquari, que passa por uma operação de reconstrução, a previsão também é de pancadas de chuva isoladas ao longo de toda a semana. Em Lajeado (RS), maior município da região, houve registro de queda de granizo nesta terça. Em Nova Esperança do Sul (RS), na região centro-oeste, as pedras chegaram a alguns centímetros de diâmetro.
Nesta semana o número de pessoas desaparecidas em razão da enchente cresceu de nove para 10. Trata-se de uma moradora de Guaporé (RS) de 45 anos, esposa de um homem que foi encontrado morto dois dias depois da ocorrência do ciclone. Ela estaria com ele na noite de 5 de setembro na cidade de Santa Tereza (RS), quando ocorreram as enxurradas, e não foi mais localizada pelos familiares.
Nesta terça (19), chegaram à região representantes da Defesa Civil de São Paulo, cedidos para trabalhar sobretudo na reconstrução dos municípios de Muçum e Roca Sales. O grupo é composto por seis militares especialistas em áreas como ajuda humanitária, arquitetura e engenharia civil.
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