O Conselho Deliberativo da Portuguesa aprovou por aclamação a proposta de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Agora, será convocada uma assembleia para que os sócios votem e decidam o destino do clube paulista. O número de associados adimplentes é estimado em 300 torcedores. A reunião teve até mesmo apoio da torcida do lado de fora do estádio do Canindé e comemoração após o resultado.
A proposta de SAF da Portuguesa é formada por três empresas: a Tauá Partners, que atuaria na gestão, a XP Investimentos, na parte financeira, e a Revee, que administraria o Canindé. O valor anunciado para ser aportado no clube soma R$ 1 bilhão.
“É uma mudança histórica para a Portuguesa, visto que nesses anos 2000, foi ladeira abaixo. O golpe do ‘caso Héverton’ foi o tiro de misericórdia. E aí a gente espera que agora, com a SAF, com a Arena, a Portuguesa esteja entrando no mundo moderno, não só dentro de campo, mas também fora. Isso tudo vai gerar receita suficiente para português a ser forte no futebol”, avalia o presidente Antonio Carlos Castanheira.
Do total desse valor, R$ 263 milhões serão aplicados diretamente no futebol, diluídos em cinco anos. Somente para 2025, será R$ 30 milhões. A proposta é que o grupo detenha 80% das ações da SAF. As empresas assumiriam as dívidas da Portuguesa, estimadas em R$ 450 milhões. Entretanto, a atual gestão avalia que é possível quitar em R$ 250 milhões.
Ainda em 2025, os R$ 263 milhões seriam divididos da seguinte forma: R$ 44 milhões para o futebol de base, R$ 50 milhões para compras de jogadores, R$ 18 milhões para o CT, R$ 7 milhões para a equipe feminina e R$ 144 milhões para a folha salarial de cinco anos.
“Os estruturadores da SAF já estão trabalhando. Já tem um mês em meio as negociações. Não estão parados. Já tem entabulado uma comissão técnica, o gerente, o executivo, alguns jogadores também já estão alinhados para fazer parte do Paulistão”, antecipou Castanheira, ainda antes da aprovação no Conselho.
O grupo tem planos de transformar o Canindé em uma arena multiuso. A expectativa é que o novo estádio tenha capacidade de 30 mil pessoas para jogos. A intenção é competir com o Allianz Parque por shows, que poderiam receber 45 mil pessoas.
Para Castanheira, esse era o único caminho viável para o clube. “Eu não tenho dúvida disso há mais de 15 anos. Eu sempre quis ver o futebol da Portuguesa isolado do clube, sempre foi uma vontade. E chegou a hora. Antigamente, a Portuguesa disputava todas as finais, mas eram outros tempos. Hoje os tempos modernos exigem gestão e dinheiro. E os dois não andam sozinho. E eu espero que essa conjunção toda faça a Portuguesa voltar e voltar forte. A gente já está no Paulistão na Série A1. Já é o terceiro ano, mas tem que voltar para o (Campeonato) Brasileiro. É um time que disputou final de Brasileiro”, disse.
Atualmente, a Portuguesa está na elite do futebol paulista e na Série D do Campeonato Brasileiro. O planejamento esportivo prevê que o clube alcance a semifinal do Paulistão até 2028 e as quartas de final da Copa do Brasil e a Série A do Campeonato Brasileiro até 2029.
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