SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A elite dos skatistas brasileiros se reúne nesta semana no Rio de Janeiro para o STU Open, evento que começa nesta quarta-feira (1º) e vai até domingo (5) na praça Duó, Barra da Tijuca.
O SporTV e o TikTok transmitem as finais no domingo. Os horários fechados da programação ainda não foram divulgados.
As competições de park e street -modalidades olímpicas- são organizadas pela plataforma Skate Total Urbe, marca criada em 2017 pela empresa Rio de Negócios. Nos anos de preparação para a estreia do esporte nas Olimpíadas, ela se estabeleceu como principal realizadora de torneios de skate no país.
Desde então, o STU consolidou um calendário nacional em parceria com a Confederação Brasileira de Skate e viu seus campeonatos ganharem peso na corrida pelas vagas em Tóquio. Também investiu em mais de 20 pistas pelo país, entre construção, reformas e melhorias, num valor que, de acordo com a empresa, já passou de R$ 5 milhões.
Agora, a plataforma volta a realizar o principal evento do seu portfólio num momento especial para o esporte, após o “boom” impulsionado pelos Jogos Olímpicos, e com a presença de público no Rio de Janeiro.
“Eu sempre imaginei que fosse acontecer isso [aumento do interesse], porque o skate é muito apaixonante. Mas imaginava uma grande onda e virou um tsunami, uma febre nacional do skate, com as pessoas descobrindo os valores reais do esporte”, afirma Diogo Castelão, idealizador do STU.
Por causa das limitações impostas pela pandemia da Covid-19, a entrada no ambiente da competição será permitida apenas com ingressos, que foram retirados na semana passada. Só poderão entrar e circular pelo espaço espectadores com a vacinação em dia.
Os medalhistas de Tóquio Rayssa Leal (prata no street) e Pedro Barros (prata no park) e a bicampeã mundial de street Pâmela Rosa estão confirmados no Open. Outros representantes olímpicos do park, como Yndiara Asp, Dora Varella, Pedro Quintas e Luiz Francisco, além do atual vice-campeão mundial de street Lucas Rabelo, também representarão o país no evento, que terá participantes internacionais.
“Vai ter uma grande quantidade de meninas profissionais, amadoras e de fora. Estou bem animada para participar”, diz Yndiara. “Vi que os ingressos estão esgotados, então imagino que será uma grande festa para o skate. Poder se conectar presencialmente, ver a galera ao vivo depois de ter competido nas Olimpíadas vai ser bem especial. Vamos ter agora o gostinho que não pudemos ter lá.”
Os atletas de park e street não conviveram no Japão porque as competições foram separadas por uma semana. No Rio, além dos torneios conjuntos das duas modalidades, o evento terá exposições de arte, moda, shows e barracas de comida.
“Eu sempre pensei na praça Duó como uma pequena Disneylândia do universo da rua e do skate”, afirma Castelão. “Vamos ter que fazer o fechamento da praça para poder controlar o acesso, mas falamos do Open deste ano como a grande celebração do skate, o momento de festejar junto com que faz a cena acontecer.”
Paralisado desde o início da pandemia, o STU voltou a organizar uma etapa em dezembro de 2020, em São Paulo. Ela foi exclusiva do street e com a presença apenas dos competidores. Em janeiro deste ano, ainda sob restrições de público, Criciúma (SC) recebeu um evento das duas modalidades e que contou pontos na corrida olímpica.
O calendário nacional foi retomado no segundo semestre, após os Jogos de Tóquio, com novidades. Uma delas é o STU On Tour, torneio híbrido (online e presencial) que selecionou 16 finalistas a partir de vídeos inéditos de manobras publicados no Instagram. Foram mais de 800 inscrições nas duas modalidades, e os selecionados após duas etapas de classificação disputarão o título presencialmente nesta quarta. Haverá transmissão pelo TikTok.
Nos últimos meses, o STU também realizou torneios de mini ramp, modalidade em que aposta pelo aspecto mais democrático e acessível, mesmo sem ser olímpica.
A plataforma ainda anunciou neste semestre o patrocínio master do banco BV, que desde 2018 já atuava em parceria na reforma de pistas. Os naming rights do Open continuam com a empresa de telefonia Oi.
“Temos todo o mundo remando para o mesmo lugar. Um país que é celeiro de skatistas, junto com um calendário organizado e numa parceria longeva com a confederação, além de um trabalho social forte”, diz Castelão. “Se olhar para trás, onde a gente estava há cinco anos e onde está hoje, é algo relevante em muito pouco tempo.”
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