Joan Laporta vem sendo questionado até hoje pelos torcedores sobre a saída de Messi do Barcelona, há quatro meses. Nesta sexta-feira, o presidente do clube mais uma vez foi cobrado pela perda do astro e optou por jogar a culpa no camisa 10. “Devia partir dele a ideia de jogar de graça, não de mim.”
Clube e o astro argentino haviam chegado a um acordo para a renovação de contrato, com 50% de redução nos vencimentos mensais. Mesmo assim, os valores da folha de pagamento do Barcelona superavam o favor play financeiro da Espanha e não era possível a manutenção do meia com aquelas cifras. Um dia após o acordo, Laporta surpreendeu a todos ao anunciar a saída de Messi do clube após 17 temporadas.
Assim como está ocorrendo com o brasileiro Daniel Alves no momento, o salário tinha de ser simbólico para a conta fechar. Messi teria de abrir mão de muita grana para permanecer na Espanha. Mas o dirigente não informou isso ao jogador e depois se defendeu dizendo que o argentino “não quis jogar de graça no clube.”
Messi retrucou o dirigente, garantindo que tal situação jamais foi ventilada nas conversas e acusou Laporta de estar tentando prejudicá-lo “jogando a culpa” pela saída em suas costas. Nesta sexta-feira, o dirigente lançou uma nova versão do caso, novamente deixando Messi entre as cordas.
“Não sei se teria sido possível (sua permanência) por causa da questão salarial, mas nunca disse que lhe pedi para jogar de graça”, se defendeu Laporta, em entrevista à TV3. “Além disso, ele é o melhor jogador do mundo e teve uma proposta importante. De qualquer forma, tinha que partir dele (a ideia de jogar de graça no Barcelona), não de mim. Eu nunca disse isso e uma polêmica se formou de uma situação em que a origem já é falsificada”, rebateu.
Sobre um possível retorno de Messi ao Barcelona no futuro – o jogador falou abertamente ter este desejo – Laporta afirmou que “o clube tem de ter uma boa relação com o melhor jogador de sua história e, certamente, da história do futebol. Fizemos o que podíamos, respeito a sua posição e o Barça sempre estende a mão porque sabem que aqui é a sua casa”, falou. “Ele disse que quer voltar e eu gostaria de tê-lo, se ele quiser voltar como secretário técnico, como disse. É sempre bom contar com aqueles que fizeram o grande time do Barça, como acontece com o Xavi, com o Guardiola…”
Além da polêmica com Messi, Laporta agora trava grande batalha com Dembélé, a quem pressiona por uma renovação também com redução salarial, enquanto o atacante pede aumento. “Os representantes querem o melhor para o jogador, às vezes eu explico que não é só questão de dinheiro e espero que ele fique. Sou um entusiasta de Dembélé, para mim é melhor que Mbappé e gostaria muito que ficasse.”
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