O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o país não vai resistir a novas medidas de restrição de circulação de pessoas para tentar reduzir o avanço da variante ômicron de Covid-19. O chefe do executivo alertou para a possibilidade de caos e rebelião após colapso econômico que não conseguiriam ser contidos nem pelos militares.
“O Brasil não resiste a um novo lockdown, será o caos, será aqui uma rebelião, explosão de ações onde grupos vão defender o direito à sobrevivência deles. Não teremos Forças Armadas suficientes para Garantia da Lei e da Ordem”, disse.
“Pessoal entende isso ou está cavando a própria sepultura. Não adianta acusar de que tinha que ser feito diferente. Onde não morreu ninguém no mundo?”, questionou ele, em um segundo trecho da entrevista concedida por ele na semana passada à conservadora cubana Zoe Martinez, da Jovem Pan, e que foi divulgada nesta terça-feira (11/1).
ASSISTA A ENTREVISTA:
Graças a mobilização da população em muitos Estados, o Brasil não passou por um fechamento geral de atividades, como foi o caso do que ocorreu em diversos países da Europa. Ainda assim, Estado como São Paulo, sofreram com a forte autoritarismo do Governo fechando comércios e reprimindo vendedores ambulantes, enquanto grandes supermercados e empresas de delivery lucraram sem qualquer concorrência.
A fala do presidente ocorre no momento em que governadores e prefeitos país afora começam a adotar ou discutir novas medidas de controle de circulação de pessoas, usando o pretexto de conter o avanço da variante Ômicron de Covid-19 e também surtos de casos de gripe.
Mais cedo, nesta terça (11), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a variante ômicron já é a prevalente no Brasil e repetiu que, embora ela esteja gerando um aumento de casos de Covid-19, não espera que leve a um aumento nas internações nem número de mortes provocadas pela doença, tendência observada na Europa.
“A variante Ômicron chegou, tentou-se impedir que a variante entrasse pelo aeroporto, mas a variante entra, independente de qualquer tipo de medida sanitária que se queira adotar. Infelizmente ela já é prevalente aqui no Brasil, nós estamos assistindo um aumento de casos e, como em outros países que têm uma campanha de vacinação forte como a nossa, a nossa expectativa é que não haja um impacto em hospitalizações e em óbitos”, disse o ministro a jornalistas ao chegar ao ministério nesta manhã.
Com auxílio de informações via Jovem Pan e InfoMoney
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