SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apura se o acidente envolvendo a queda de uma rocha nos cânions de Capitólio pode ter sido causado por ação de terceiros. Segundo o órgão, no entanto, ainda é necessário aguardar um laudo que está sendo produzido por geólogos a fim de verificar qual seria o motivo da queda. Também não está descartada a possibilidade de o acidente ter alguma causa natural.
“O foco agora não é procurar culpados, mas sim respostas. Estamos trabalhando ao lado da ciência. Além do nosso núcleo de peritos, estamos com diversos especialistas e geólogos”, afirmou nesta sexta-feira (14), em entrevista coletiva, o delegado Marcos Pimenta, que preside a investigação sobre as causas do acidente.
De acordo com o delegado, esse laudo pode ser finalizado entre 30 e 40 dias, mas vai ficar a critério de especialistas se haverá necessidade de mais perícias. “Nós não temos compromisso com data de conclusão. Será quando todas as dúvidas estiverem exauridas. Esse é o nosso compromisso”, disse Pimenta.
“O que eu posso falar é que nós já fizemos contato com cientistas. Caso qualquer órgão seja o responsável e ficar comprovado causalidade entre ausência de fiscalização e o acidente, haverá responsabilização”, afirmou o delegado.
No decorrer das investigações, a Polícia Civil de Minas Gerais já ouviu 17 pessoas, entre vítimas sobreviventes e testemunhas, incluindo os prefeitos de Capitólio e São José da Barra. A oitiva do dono do empreendimento onde acidente ocorreu ainda não foi realizada por eles estar com Covid-19.
TRAGÉDIA
O acidente em Capitólio ocorreu no sábado (8) após uma rocha se desprender de um dos paredões que formam um cânion e cair no lago de Furnas, deixando 10 pessoas mortas.
Cerca de duas horas antes do desabamento da rocha, a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta para chuvas intensas na região com possibilidade de “cabeça d’água” -não se sabe se existe alguma norma que proíba a entrada de turistas nessa situação no local onde ocorreu o acidente.
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