A Procuradora Geral do Estado (PGE) apresentou manifestação para interromper ação na Justiça Federal que discute pedido para que o Consórcio VLT e as cinco empresas que o compõem paguem R$ 900 milhões de indenização.
Segundo a PGE, o Governo do Estado de Mato Grosso anunciou a quitação antecipada da dívida com a Caixa Econômica Federal referente ao financiamento para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), então projetado em função da Copa do Mundo do ano de 2014.
Com o encerramento do vínculo econômico-financeiro com o Governo Federal, não mais subsiste o interesse jurídico-político das entidades de âmbito federal nas demandas que envolvem o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Na ação, a PGE pediu que a Justiça determine ressarcimento de R$ 676,8 milhões pelos danos materiais em razão dos pagamentos ao Consórcio para a obra que nunca foi entregue; outros R$ 147,7 milhões por danos morais coletivos; e mais a recomposição de R$ 6,4 milhões que o estado gastou na contratação de consultorias técnicas para proporem uma solução ao Veículo Leve Sobre Trilhos. Além disso, que o consórcio arque com taxas, juros e multas dos contratos de financiamento feitos para custear a obra.
Antes de ser remetida à Justiça Federal, em 2021, processo foi julgado pela Justiça Estadual. O juiz Bruno D’Oliveira Marques chegou a determinar bloqueio de R$ 683 milhões.
Em março de 2021, o juiz Gerardo Humberto Alves da Silva Junior, da Quarta Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, suspendeu bloqueio de R$ 683 milhões inicialmente retidos em nome do Consórcio VLT. Em momento posterior, o magistrado Humberto Alves da Silva Junior determinou que fosse enviado à Justiça Federal o processo.
A expectativa é que o pedido de retorno à Justiça Estadual seja examinado ainda nos primeiros meses de 2022.
Olhardireto
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