A tensão entre a Ucrânia e a Rússia continua a aumentar e torna-se cada vez mais possível uma invasão russa. De acordo com novas imagens de satélite, divulgadas por uma empresa tecnológica com sede nos EUA, o número de militares russos na Crimeia, no oeste da Rússia, e na Bielorrússia continua a crescer.
As imagens foram captadas nesta quinta-feira e mostram um grande deslocamento de tropas e equipamentos em três pontos ao redor da Ucrânia.
O dispositivo militar observado pela Maxar está no aeródromo de Oktyabrskoye, anteriormente desativado, no norte da capital da Crimeia, Simferopol.
A Maxar observa que mais de 550 tendas de militares e centenas de veículos já chegaram ao local. Novoozernoye foi outro dos locais da Crimeia onde houve muita movimentação de artilharia e exercícios de treino.
new satellite imagery of Russian troop deployments from Maxar, taken over past 24 hours. Images 1-4 from Crimea, Oktyabraskoye air field. pic.twitter.com/p3FuwvbJDH
— Mike Eckel (@Mike_Eckel) February 10, 2022
Há ainda tropas na cidade de Slavne, na costa noroeste da Crimeia, incluindo veículos blindados. A Sebastopol, o principal porto da Crimeia, chegaram vários navios de guerra russos, incluindo grandes navios de desembarque anfíbios.
Perante este crescimento militar, e após várias ameaças à Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aconselhou os cidadãos norte-americanos na Ucrânia a deixarem o país, lembrando que um possível conflito entre as forças norte-americanas e russas será uma “guerra mundial”.
Biden realçou ainda que se Putin é “tolo o suficiente para entrar, ele é inteligente o suficiente para, de fato, não fazer nada que possa impactar negativamente os cidadãos norte-americanos”. Questionado se transmitiu essa ideia ao chefe de Estado russo, Biden respondeu que “sim”.
A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado milhares de tropas na fronteira ucraniana para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014.
A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO.
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