A 7ª Vara Criminal de Cuiabá deu 10 dias para Hugo Fernando de Assis Custodio responder uma acusação pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele seria o líder de uma organização criminosa que atua na região de Cáceres (222 KM de Cuiabá), e proprietário da “Fazenda III Barras”, local utilizado para a prática dos crimes.
Em despacho do último dia 23 de fevereiro, o juízo da 7ª Vara Criminal determinou a citação do acusado, além dos outros integrantes da quadrilha – a companheira do líder da suposta organização criminosa, Rúbia Soares Barbosa, seu sócio, João Cláudio Pulcino, bem como a esposa, o filho e o irmão deste, respectivamente, Mariadina Amorim da Cunha, Jefferson Amorim Pulcino e Sebastião Pulcino.
Segundo informações do processo, Hugo Fernando de Assis Custodio transformou a Fazenda III Barras numa “propriedade rural do crime”, junto com seu sócio, João Claudio Pulcino e toda a sua família. A esposa do líder da quadrilha, Rúbia Soares Barbosa, seria a contadora da organização. Investigações apontaram indícios de dissimulação e ocultação de valores adquiridos a partir do tráfico de drogas.
“Foram verificadas, em tese, inúmeras movimentações financeiras em nome dos denunciados, entre os anos de 2016 e 2017, algumas com valores vultuosos, outras com valores menores em uma sequência de depósitos de valores fracionados, conhecido como ‘técnica de smurfing’ –utilizada por pessoas envolvidas em crimes de lavagem de dinheiro”, diz trecho dos autos.
Ainda de acordo com as investigações, Jefferson Amorim Pulcino ostentava carros de luxo, todos oriundos de dinheiro do tráfico de drogas, e viajava com frequência para outros estados. Segundo o Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), no período de janeiro de 2016 a novembro de 2017, Mariadina Amorim da Cunha também movimentou mais de R$ 740 mil em créditos e outros R$ 723 mil em débitos, em suas contas bancárias, junto à Caixa Econômica Federal (CEF).
A citação dos réus é a etapa inicial do processo que tramita no Poder Judiciário de Mato Grosso, que ainda irá inaugurar a fase de produção de provas nos autos.
Folhamax
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