Ainda faltam dois anos para os Jogos Olímpicos de Paris, mas a organização do evento já se prepara para receber fãs do esporte do mundo inteiro na capital francesa. Os organizadores do evento têm a expectativa de ultrapassar a marca de 10 milhões de ingressos vendidos e bater o recorde da comercialização de bilhetes em uma Olimpíada. A entrada mais barata vai custar 24 euros (cerca de R$ 130 na cotação atual).
“Queríamos ter um programa de bilheteira começando com bilhetes a 24 euros para todos os desportos. Vai representar mais de um milhão de bilhetes a este preço”, disse Tony Estanguet, chefe do Comitê Organizador. “Esta é uma promessa muito forte. Dar acesso a todos os esportes olímpicos. Metade dos ingressos custará menos de 50 euros.”
De acordo com Estanguet, a ideia é colocar 13,4 milhões de ingressos à venda, sendo 10 milhões para os Jogos Olímpicos e 3,4 para os Paralímpicos – com a competição paralímpica tendo entradas na faixa de 15 euros (R$ 81,60 na cotação atual). A bilheteria representa um terço da receita dos Jogos, que pretende maximizar o recolhimento com um maior número de presentes.
A título de comparação, os Jogos de Londres-2012 colocaram pouco menos de 9 milhões de ingressos à venda, com 8,2 milhões de entradas compradas. Em Atlanta-1996, cerca de 8,3 milhões dos 11 milhões de bilhetes disponíveis foram vendidos. Ambas edições ficaram marcadas pela grande presença do público. “É ambicioso. Acreditamos que os Jogos de Paris 2024 serão únicos”, comentou Estanguet.
A fase de registro para a obtenção das entradas terá início no final deste ano e será feita por uma plataforma única e disponibilizada somente pelas empresas CTS Eventim, France Billet e Orange Business Services. O canal também vai oferecer a opção da revenda de ingressos aos clientes.
Na segunda etapa, um sorteio será realizado para ordenar o processo de atendimento. Isso porque o número de pessoas que devem buscar comprar os ingressos deve ser maior do que a carga disponível. As vendas devem começar, de fato, em fevereiro de 2023.
Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, houve dúvidas sobre se o registro seria restrito para cidadãos russos ou belarussos. O assunto deve ser tema de discussão nos próximos meses, segundo Estanguet. “Temos tempo para decidir.”
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