Se a Mercedes ainda não se encontrou em 2022, Lewis Hamilton parece ainda mais perdido que sua equipe na Fórmula 1. Neste sábado, o piloto inglês registrou uma das piores performances de sua carreira em um treino classificatório. Obteve apenas o 16º melhor tempo e reclamou: “O carro estava simplesmente impossível de pilotar”.
Acostumado a brigar pela pole position – ostenta o incrível recorde de 103 neste quesito -, o inglês admitiu a surpresa com o fraco rendimento “Sim, fiquei surpreso. Eu estava sofrendo demais com a falta de equilíbrio do carro e, sim, não estou onde eu gostaria”, comentou.
O heptacampeão mundial disse que ainda não entendeu as causas do rendimento abaixo do esperado. Seu novo companheiro de Mercedes, o britânico George Russell, vai largar em sexto lugar. “Foi alguma coisa no acerto do carro. Parecia bom no terceiro treino livre, ma tentamos progredir a partir dali, na mesma direção, e talvez tenhamos ido longe demais. O carro estava simplesmente impossível de pilotar. E eu estava muito nervoso”.”
Hamilton terminou o treino apenas com o 16º melhor tempo. Trata-se da sua pior performance numa classificação desde o GP do Brasil de 2017, quando bateu o carro e precisou fazer uma corrida de recuperação na corrida. Com o resultado, o inglês sequer passou do Q1, a primeira sessão do treino classificatório.
A situação só não será tão ruim no domingo porque Hamilton ganhou duas posições no grid e vai largar em 14º. Ele foi beneficiado por uma punição dos comissários ao australiano Daniel Ricciardo, da McLaren, por ter atrapalhado o francês Esteban Ocon, da Alpine, durante o treino. Ricciardo perdeu três posições no grid.
Antes disso, o inglês já havia subido um posto no grid porque a Haas vetou o alemão Mick Schumacher na prova de domingo, após o forte acidente que sofreu neste sábado – o piloto passa bem e está consciente, apesar da pesada pancada nos muros de proteção do traçado na classificação.
Mas a subida inesperada no grid não foi o suficiente para animar o heptacampeão. “Vou ter amanhã o mesmo carro de hoje. Então, eu não posso antecipar muita evolução. Mas vou dar tudo o que eu puder”, comentou.
Apesar de fazer os movimentos mais ousados na elaboração do seu carro, nesta era de modelos novos na F-1, a Mercedes não acertou a mão. No Bahrein, na corrida de abertura do campeonato, Hamilton terminou em terceiro, mas somente após abandonos dos dois carros da Red Bull. Para a Arábia Saudita, a previsão é mais pessimista, principalmente após o rendimento negativo de Hamilton na classificação.
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