A defesa do fazendeiro Benedito Nédio Nunes Rondon, acusado de matar uma onça macho no dia 27 de fevereiro, em Poconé, e depois gravar vídeos debochando da situação, afirma que o vídeo é antigo e que o homem não assassinou o animal. O pecuarista segue foragido.
Em suas alegações, o advogado Anderson Nunes de Figueiredo diz que o vídeo foi gravado há mais de um ano. Também afirmou que a arma que aparece no vídeo não foi a usada para matar o animal.
De acordo com a defesa, os vídeos são antigos e teriam sido editados. Também nega que Benedito tenha assassinado a onça-pintada.
“O Sr. Benedito Nédio Nunes Rondon é de família tradicional na cidade de Poconé, trabalhador, não ostenta antecedentes criminais, pai de família, esposo, e por um ato impensável que fez ao deparar com um animal morto, permitiu ser filmado em uma situação que vem causando vergonha para seus familiares”, argumenta.
Já a ONG Jaguar Identification Project, programa que monitora onças-pintadas no Pantanal mato-grossense, afirma que a onça, identificada como Queixada, foi vista em novembro de 2021, andando pela região de Porto Jofre, o que contradiz a fala da defesa de que o animal teria sido morto há mais de um ano.
A Polícia Civil vai apurar o caso.
As gravações
Em uma das imagens, Benedito aparece deitado ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal. “Aqui não tem mamãe e não tem papai. É lapada do ‘língua preta’”, diz.
Ele continua debochando do animal. “Você não vale b*sta nenhuma. Sua filadaputa”. O homem ainda faz uma fala zoofílica, dizendo que se o animal fosse fêmea, daria uma ‘cochada’.
RepórterMT
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