O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), falou nesta terça-feira, pela primeira vez, sobre a decisão de permanecer no cargo e não disputar a eleição ao Governo do Estado. Caso optasse por concorrer ao Palácio Paiaguás, o gestor teria que ter renunciado ao cargo até o último sábado (2).
“Foi a decisão política mais difícil da minha vida, pena que ficou tudo muito em cima da hora”, justificou o prefeito em live realizada nesta terça-feira nas redes sociais.
O prefeito, que chegou a tirar duas semanas de férias no mês de março para debater o projeto ao Governo do Estado, relatou que recebeu muito apoio e foi estimulado a enfrentar o atual governador, Mauro Mendes (DEM), que anunciou na última semana que estava trabalhando seu nome para concorrer a reeleição.
“Recebi centenas de mensagens me estimulando a sair candidato. Servidores públicos, fórum sindical, estou com vocês. Não saí candidato, mas estou com vocês”, colocou.
“No sábado a noite cheguei a pensar em largar tudo e ir pra disputa. Minha família não queria, mas sou do enfrentamento, sou do embate, sou do debate”, completou.
Na fala, o prefeito afirmou que chegou a ter seu nome aprovado pela federação formada pelo PT, PC do B e PV. Neste cenário, ele revelou que trocaria o MDB pelo Solidariedade, mas avaliou que seria uma “traição ao seu partido”.
“Federação fechou com nosso nome e queria nosso nome para levantar uma bandeira, a mesma que levantamos em Cuiabá, que se preocupa com gente, com os mais pobres, que faz uma gestão humanizada”, afirmou o prefeito que agradeceu as lideranças do PT em Mato Grosso e também nacional. “Agradeço a presidente nacional do PT, Gleise Hofmann, que me entendeu que não houve tempo, estava em cima da hora”.
O prefeito completou que seu nome apresentou viabilidade política e eleitoral para a eleição. Segundo ele, pesquisas o colocavam em condições favoráveis para enfrentar o governador. “Na pesquisa, eu estava muito bem, em que pese não ser tão conhecido no interior. Estávamos em segundo lugar quando retirava o nome do senador Wellington, mostrando que estávamos certo de que ele era o melhor nome do grupo. Mas logo atrás dele, estava Emanuel Pinheiro”, pontuou.
Ao final, o gestor colocou que seguirá a frente do Palácio Alencastro pelos próximos dois anos bastante motivado em realizar entregas para a população. “Em virtude de uma somatória de fatores não pude ser candidato. Então, é necessário honrar essa cadeira que o povo cuiabano me concedeu. Ainda tenho muito coisa para entregar para Cuiabá e, se for da vontade Deus que seja governador um dia tudo bem. Mas já estou muito feliz e honrado de ser prefeito”.
Folhamax
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