Sarah Kelly, mãe do menino autista de 14 anos que Cristiano Ronaldo derrubou o celular com um tapa, recusou o convite para se encontrar com o astro português após ser procurada pelos representantes do jogador. Torcedores do Everton, ela e o filho, Jake Harding, foram convidados para conhecer o atacante no Old Trafford, estádio do Manchester United.
“Eu não tenho nada para falar com ele. Por que eu deveria ir até Old Trafford? Por que um ‘Blue’ quer ir visitar um ‘Red’?”, disse Kelly ao canal Sky Sports, fazendo alusão às cores das duas equipes.
O incidente aconteceu no sábado, após a derrota do United por 1 a 0, fora de casa, para o Everton, pelo Campeonato Inglês. Na saída dos jogadores de campo, Cristiano Ronaldo deu um tapa na mão de Jake ao perceber que estava sendo filmado. A mãe do garoto, que sofre de dispraxia – transtorno que causa dificuldades motoras – publicou uma foto da mão machucada do menino e disse que ele está muito abalado com o episódio.
Ela afirma que irá denunciar o atleta. “Estávamos filmando os jogadores do United entrando no vestiário, quando Jake baixou o celular porque Ronaldo bateu na mão dele e sua mão estava sangrando. Ele baixou o celular para ver o que aconteceu, não conseguia nem falar”, disse Sarah ao jornal Liverpool Echo.
O caso rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, com torcedores brasileiros comparando o caso com o de Calleri, atacante do São Paulo que fez o mesmo com um torcedor palmeirense, de 16 anos, após a derrota na final do Paulistão.
No domingo, Cristiano Ronaldo veio a público pedir desculpas. “Nunca é fácil lidar com emoções em momentos difíceis como o que estamos enfrentando. No entanto, temos sempre que ser respeitosos, pacientes e dar exemplo para todos os jovens que amam este belo esporte. Gostaria de me desculpar pela explosão e, se possível, convidar este torcedor para assistir a um jogo em Old Trafford como um sinal de fair play”, escreveu o astro.
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