LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Prestes a completar 15 anos desde que Madeleine McCann desapareceu em uma praia de Portugal, procuradores do país indicaram nesta quinta-feira (21) formalmente um suspeito para o caso. É a primeira vez que isso acontece desde que os pais da menina, Kate e Gerry McCann, foram indicados, em 2007 -eles foram inocentados depois.
Então com três anos, a criança britânica desapareceu em 3 de maio de 2007 do quarto do hotel onde a família passava férias na Praia da Luz, na região do Algarve. Os pais jantavam com amigos em um restaurante próximo dali. O caso comoveu o mundo e até hoje permanece sem solução.
Os procuradores em Faro, principal cidade do Algarve, não divulgaram o nome do suspeito, mas disseram em comunicado que ele foi identificado como tal pelas autoridades alemãs após pedido dos portugueses. Apesar da identificação, ele não foi indiciado.
A polícia alemã afirmou em junho de 2020 que Madeleine era tida como morta e que Christian Brueckner, 45, condenado por tráfico de drogas e abuso de menor, era o provável responsável pelo crime -ele está preso na Alemanha por estuprar uma mulher no Algarve. Desde então, no entanto, ele não foi acusado no caso da menina britânica e nega qualquer envolvimento.
Brueckner viveu no Algarve entre 1995 e 2007 e roubava hotéis e flats, segundo documentos obtidos pela agência de notícias Reuters em 2020. Ele também falsificava passaportes e foi pego roubando diesel de um porto português.
Os procuradores explicaram que a investigação tem sido feita em cooperação com autoridades britânicas e alemãs. A Polícia Judiciária de Portugal entregou documentos com centenas de nomes ligados ao caso de Madeleine, incluindo o de Brueckner, para as autoridades britânicas em 2012, segundo a corporação. Já a polícia alemã recebeu sua primeira denúncia ligando o suspeito ao caso da menina britânica em 2013.
O motivo para, depois de tanto tempo, os procuradores portugueses identificarem um suspeito não está claro, mas pode estar relacionado à prescrição do caso após 15 anos, o que encerraria investigação.
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