O presidente Jair Bolsonaro deve ficar neutro na disputa ao Senado em Mato Grosso, mesmo que o PL, seu partido, tenha candidato próprio ao cargo, no caso, Wellington Fagundes. Quem também entra na briga ao lado de Wellington e de Neri Geller (PP), é o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, que concorre pelo PTB.
A direção nacional do partido pediu a neutralidade de Bolsonaro, pois acredita ser “um dos partidos mais leais ao presidente no Congresso Nacional”.
“Eu acredito que o presidente se manterá neutro em Mato Grosso, como o PTB e PP solicitaram. São três partidos da base aliada do presidente que vão lançar candidato ao Senado, inclusive o partido que ele é filiado. Por isso, ele não deve se envolver. São siglas importantes que dão sustentação ao governo no Congresso”, disse Antonio Galvan, em entrevista nesta sexta (22).
A articulação para manter o presidente neutro na disputa em Mato Grosso vem sendo feita pela direção nacional do PTB, diretamente com Bolsonaro e o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Galvan, que afirma ser um dos principais líderes do Movimento Verde Amarelo, é o pré-candidato ao Senado mais alinhado com as pautas conservadores defendidas pelo presidente Bolsonaro, de acordo com a sigla.
“O presidente reconhece o apoio do setor produtivo brasileiro ao governo. Saímos às ruas para defender o Governo Federal, a democracia e combater os abusos que vêm sendo cometidos por outros Poderes”, frisa o produtor rural.
Apesar de dirgir uma das principais entidades de classe do setor produtivo brasileiro, Galvan afirma que não entra na disputa pelo Senado como representante do agronegócio. “Sou pré-candidato para representar a população mato-grossense e brasileira como um todo. Conheço o nosso estado como poucos e sei da necessidade de cada região. Por isso, me apresentei para ser candidato nesta eleição e se eleito vou representar, com coragem, o nosso estado melhor do que muitos que estão no exercício do mandato”.
RepórterMT
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