A visita do presidente Jair Bolsonaro a Cuiabá na última terça-feira (19) atraiu milhares de admiradores, fãs e também curiosos na expectativa de ver de perto o chefe do Palácio do Planalto. Nem todos conseguiram, de fato, chegar próximo do presidente, mas boa parte dos presentes disseram que ficaram orgulhosos e esperançosos com o tamanho da mobilização que presenciaram.
Em meio à multidão que aguardava em frente ao Grande Templo pela chegada do mandatário, muitos jovens marcaram presença no ato e ficaram emocionados com as pessoas vestidas com camisas do Brasil e as muitas bandeiras verde a amarela que tomavam o local. Um deles era o jovem Luiz Miguel, 20, evangélico da igreja Assembleia de Deus.
“É a primeira vez que eu estou aqui, eu tô bem emocionado”, contou o jovem a reportagem do GD, que neste ano irá às urnas pela segunda vez. Antes, em 2018, já havia votado no atual presidente aos 16 anos, sua primeira eleição. Ele diz que votará em Bolsonaro novamente. “Voto no primeiro turno e se precisar voto no segundo também”.
A poucos metros de Luiz Miguel, Roger Miranda, 20, também apoiador do presidente, aguardava na calçada em frente a igreja sobre a sua bicicleta pela comitiva presidencial. Ele se impressionou com a quantidade de pessoas mobilizadas no movimento. “Eu acho uma coisa incrível (mobilização). É difícil ver uma cidade tão movimentada assim, principalmente quando não são pessoas famosas”.
Bolsonaro chegou ao Grande Templo por volta das 19h20 e fez um rápido discurso para milhares de fiéis. Antes, às 17h06, o Bolsonaro passou em frente ao templo religioso sobre a caçamba de uma caminhonete, mas na pista contrária (sentido centro), frustrando os apoiadores que o esperavam do outro lado da rua.
Karine Kopp, 21, estudante de engenharia de controle e automação no Instituto Federal de Mato Grosso estava acompanhada da mãe e disse que já havia participado do movimento de 7 de setembro no ano passado e que essa seria a primeira vez em um ato com a participação direta do presidente.
“Eu vim participar do evento para demonstrar o meu apoio a ele (Bolsonaro), dar forças e energias positivas para ele lutar pelo nosso Brasil”. Karine estava entre as várias pessoas que formavam uma espécie de corredor por onde o presidente deveria passar. Mas ele chegou por outra entrada da igreja.
O estudante Kawan Henrique, de 16 anos, estava acompanhado de uma amiga e chegou até o ato ainda vestido com o uniforme de uma escola militar da capital. Ele contou à reportagem do GD que espera contribuir com a recondução de Bolsonaro ao executivo federal. “Tenho fé que vai ser nosso presidente”.
O adolescente disse que convive com a mãe e com o padrasto, que também irá votar no atual presidente. Ele revela que a mãe é indiferente quando o assunto é política e que ela pretende não votar em nenhum candidato à presidência. “Ela vai votar nulo. Da política em si ela não gosta”.
Kawan faz parte de uma faixa etária – entre 16 e 18 anos – que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem investido massivamente em campanhas de conscientização a fim de esclarecer a importância do primeiro voto para o exercício democrático.
Somente no mês de março deste ano, 445.553 jovens entre 15 e 18 anos emitiram o primeiro título de eleitor e se habilitaram para votar nas eleições de outubro, um crescimento de 28% ante fevereiro.
Atores, influencers e cantores ajudaram a impulsionar a campanha do órgão federal nas redes sociais, principalmente no Twitter, com replicações do próprio TSE. Em resposta, bolsonaristas acusaram o órgão de parcialidade e iniciaram uma campanha nas redes em que gravavam vídeos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e declarando apoio dos filhos ao presidente.
Gazeta Digital
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