SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Políticos americanos seguiram uma das tradições do Met Gala e chegaram ao museu Metropolitan, em Nova York, na noite desta segunda-feira (2), com roupas que, mais do que dialogar com a história da moda, trazem mensagens políticas.
O prefeito nova-iorquino, Eric Adams, compareceu com um paletó que traz a frase “pare a violência com armas” e ilustrações que remetem à mensagem. Ex-capitão da polícia, o democrata -segunda pessoa negra a comandar a cidade-, elegeu a segurança pública e o combate à violência como prioridades de campanha e gestão.
Adams vê-se desafiado pelo aumento dos ataques a tiros na cidade e por episódios violentos, como o tiroteio em uma estação de metrô que deixou 23 feridos em meados de abril. Ele chegou ao Met Gala acompanhado da namorada, Tracey Collins.
As ilustrações da peça são do artista nigeriano Laolu Senbanjo, também conhecido como Laolu NYC. Entre outros, estão desenhados o edifício Chrysler, um dos mais emblemáticos de Nova York, o Empire State e a ponte do Brooklyn. Há também uma referência à Autoridade Metropolitana de Transportes no colarinho.
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton também levou uma mensagem ao tapete vermelho, com nomes de mulheres dos Estados Unidos que a inspiraram bordados em parte do vestido vermelho do estilista Joseph Altuzarra.
Entre as homenageadas estão a também ex-primeira dama Abigail Adams (1744-1818), esposa de John Adams; a ex-secretária de Estado e primeira mulher a ocupar o posto, Madeline Albright (1937-2022); a abolicionista Harriet Tubman; a ativista Rosa Parks (1913-2005) e a mãe de Hillary, Dorothy Rodham (1919-2011).
À revista Vogue Altuzarra explicou as inspirações para o vestido da ex-senadora e disse que, mais do que uma homenagem às mulheres que marcaram a história do país, a peça é uma homenagem às donas de casa e aos artesãos americanos.
O vestido é inspirado em colchas caseiras confeccionadas na segunda metade do século 19, quando os vizinhos tinham o costume de confeccionar a peça e bordar seus nomes, para que quando alguém se mudasse pudesse levá-la e ter recordações, detalhou. “Isso costumava ser uma oportunidade para as mulheres se reunirem e terem interação social”, afirmou o estilista francês à Vogue.
No evento, Hillary disse que esperava celebrar “não apenas a moda dos Estados Unidos, mas também o espírito do país”, segundo o jornal americano The New York Times.
Os modelos que desfilam nesta noite no Met Gala vão para a mostra “Na América: Uma Antologia da Moda”, que dá continuidade à do ano passado, “Na América: Um Léxico da Moda”, que, como indica o nome, é representativa da história da moda dos EUA.
Enquanto isso, para o tapete vermelho, há um tema separado -“Gilded Glamour”, ou glamour dourado-, que remete à idade de ouro americana do final do século 19.
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