SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que vai trabalhar para defender o direito ao aborto no país, que classificou como “fundamental”, caso a Suprema Corte anule as garantias constitucionais que permitem o procedimento.
Na segunda-feira (3), o site norte-americano Politico obteve um rascunho de um juiz do tribunal, que diz que a decisão Roe versus Wade, de 1973, que legaliza o aborto no país, é “extremamente errada”. Caso a Corte decida por derrubar a decisão, outras leis poderiam tornar o aborto ilegal instantaneamente em 22 dos 50 estados norte-americanos.
Biden ressaltou que o furo do Politico ainda não foi verificado, mas pediu que os cidadãos votem nas eleições legislativas de novembro para garantir o direito à escolha.
“Caberá aos funcionários eleitos da nossa nação em todos os níveis de governo proteger o direito de escolha da mulher. E caberá aos eleitores eleger os funcionários a favor do direito de decidir em novembro”, disse Biden em comunicado.
O presidente disse que irá “trabalhar para aprovar e converter em lei” uma legislação que permita a interrupção voluntária da gravidez em nível nacional, mas reconheceu que isso pode ser difícil com um Senado dividido por igual entre democratas e republicanos.
“A nível federal, necessitaremos de mais senadores a favor do direito de decidir e uma maioria a favor do direito de decidir na Câmara para adotar uma lei”, afirmou, acrescentando que o direito da mulher de decidir é “fundamental”.
Em momentos em que muitos estados da União já promulgaram ou preparam leis restritivas para o aborto, Biden disse que havia pedido a seus assessores que estudaram “uma variedade de possíveis resultados nos casos pendentes na Suprema Corte”. “Estaremos prontos quando qualquer decisão for emitida”, declarou.
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