O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (20) que Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes “infernizam” o Brasil.
O chefe do Executivo disse ainda que Moraes se comporta como “líder de partido de esquerda”.
Barroso é ex-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Fachin é o atual, e Moraes assumirá o comando durante as eleições deste ano.
“Temos três ministros que infernizam não só o presidente, mas o Brasil: Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes. Esse último é o mais ativo e se comporta como o líder de partido de esquerda e de oposição. Esse inquérito da fake news, primeiro que fake news não existe”, disse o presidente.
“Nos acusam de gabinete do ódio. Me apresenta uma matéria que achem que nasce do gabinete do ódio, não tem”, completou em entrevista ao canal de YouTube do jornalista Cláudio Magnavita.
As declarações foram divulgadas em teaser da entrevista do presidente no YouTube.
Em outro trecho, ele disse que o Supremo é o “Poder mais forte” hoje e que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem agido de forma parcial.
“Não vou negar que apoiei [Pacheco para o cargo]. Eu não esperava que ele fosse ser tão parcial como ele está sendo ultimamente. Não quero atrito com ele, mas [há] uma parcialidade enorme”, disse.
“Eu vejo na mídia e ele diz que está protegendo o Supremo. Não é atribuição nossa proteger o outro Poder, é tratar com dignidade e isenção, como propriamente diz a nossa Constituição. E o Poder mais forte no momento da República é o Supremo.”
O presidente chegou a acionar nesta semana o STF e a PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ministro Alexandre de Moraes, alegando abuso de autoridade. Na corte, o caso já foi arquivado, mas na PGR ainda está em análise.
Na tarde de quinta-feira (19), Bolsonaro e Moraes acabaram se encontrando durante evento em Brasília e trocaram cumprimentos cordiais na solenidade que marcou a posse de novos ministros no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Nesta semana, Bolsonaro já havia dito também que o STF tem interferido em sua atuação na Presidência. “Mais da metade do meu tempo passo me defendendo de interferências indevidas do Supremo Tribunal Federal.”
Folhapress
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