JOÃO PEDRO PITOMBO
SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – Um trecho do Terminal Marítimo de São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador, desabou na tarde deste sábado (4), assustando moradores e lançando ao mar ao menos um homem que atravessava o píer.
O atracadouro é usado por embarcações que fazem o trajeto entre o Subúrbio Ferroviário de Salvador e a Ilha de Maré, comunidade com cerca de 8.000 habitantes que fica na Baía de Todos-os-Santos e pertence à capital baiana.
Vídeos gravados por moradores mostram o momento em que um homem é resgatado com uma boia. Ele passava pelo trecho do píer quando este desabou e ficou agarrado a uma das vigas.
Moradores da Ilha de Maré e de São Tomé de Paripe já vinham denunciando as más condições e a falta de manutenção do terminal, que é administrado pelo governo estadual.
O terminal fica próximo ao muro que separa a praia de São Tomé de Paripe e a Base Naval de Aratu, área da Marinha que abriga a praia de Inema –ela é conhecida por ser refúgio de presidentes brasileiros em férias.
A Base Naval já hospedou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). O presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou o local em dezembro de 2019.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura da Bahia informou que o Terminal Marítimo de São Tomé de Paripe será interditado temporariamente para que os reparos sejam feitos.
Também informou que empresa que fará a recuperação do terminal hidroviário já está contratada. A licitação foi finalizada e a empresa já tem autorização do governo para início das obras.
“A obra não teve início até o momento porque a empresa vencedora, Tecnocret Engenharia, está atendendo as solicitações da prefeitura para a liberação das licenças obrigatórias do serviço. O governo acionará a Tecnocret para que conclua os trâmites junto à prefeitura”.
Em nota, a prefeitura de Salvador disse que, mesmo não sendo a responsável pela administração do atracadouro, lamenta o incidente.
Informou ainda que a empresa responsável pela obra de recuperação do atracadouro deu entrada no processo para a execução das intervenções em 23 de julho deste ano.
Quatro dias depois, após análise de técnicos do órgão, a secretaria solicitou documentos que não foram apresentados pela empresa.
A prefeitura também informou que a Defesa Civil de Salvador fez uma vistoria no local em 11 de novembro e constatou “sérios riscos causados pela falta de manutenção”. Em seguida, segundo a administração municipal, o governo do estado foi informado da situação para a tomada de providências.
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