SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A pastora evangélica Silmara Nichimura, mãe de Gabriella, que morreu em 2012, aos 14 anos, após cair de um brinquedo do Hopi Hari, criticou o parque após uma falha mecânica parar o funcionamento da montanha-russa Montezum na tarde de sábado (11).
“Misericórdia! Como pode. Não aprenderam ainda”, ela escreveu em uma rede social. “Depois de tantos anos, os mesmos erros. Mesmas falhas. Eles só visam o lucro mesmo”.
Gabriella morreu no parque temático localizado em Vinhedo, no interior de São Paulo, ao cair do brinquedo La Tour Eiffel, conhecido como elevador. A trava de segurança abriu e não havia cinto de segurança no assento que a adolescente ocupava.
“Como a lei brasileira é uma porcaria, tudo ficou por isso mesmo”, diz a mãe. “Falta de respeito, amor e cuidados com o ser humano”.
No brinquedo, os visitantes subiam cerca de 70 metros de altura em uma cadeira com trava individual e despencavam em simulação de queda livre, podendo chegar a 94 km/h. Dos cinco blocos com quatro cadeiras cada um, dois estavam em manutenção no dia do acidente. O brinquedo foi fechado após a tragédia.
O Hopi Hari confirmou na época que uma das cadeiras do bloco em que estava Gabriella não era utilizada por questões de segurança.
A adolescente sofreu traumatismo craniano, chegou a ser levada a um hospital, mas chegou morta ao local. Ela morava no Japão e estava passando férias na casa de familiares em Guarulhos, na grande São Paulo. Estava no parque com a mãe e o pai.
No incidente do último sábado, uma trava que segura o passageiro à cadeira do brinquedo se soltou quando o aparelho já havia sido acionado e estava em funcionamento.
Vídeos gravados por frequentadores mostram que o passageiro que ocupava a cadeira com problemas chegou a levantar a trava para o alto, numa tentativa de apontar o problema para os funcionários que operavam o equipamento.
Em nota o Hopi Hari Informou que logo após o início do ciclo, ainda no princípio da primeira subida da atração, o visitante sinalizou a necessidade de parada, fazendo o sinal de x com os braços acima da cabeça -que é um protocolo utilizado em todas as atrações do parque, quando um visitante, por alguma razão, solicita a parada do brinquedo.
“Imediatamente, a equipe responsável pela operação suspendeu o ciclo, e iniciou a análise da ocorrência”, informou a diretoria do parque.
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