A menina Raquel Antunes da Silva, 11 anos, que se envolveu em um acidente com um carro alegórico na noite de ontem (20), na dispersão do Sambódromo, teve uma das pernas amputadas. Levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, o quadro de saúde da adolescente é considerado grave.
Raquel subiu no carro alegórico da escola Em Cima da Hora, que manobrava na saída da Praça da Apoteose, e acabou imprensada entre a estrutura e um poste, quando o veículo se movimentou.
A Polícia Civil está investigando o acidente. Foi realizada perícia no local, que fica fora do Sambódromo, e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para esclarecer o que aconteceu.
O Ministério Público (MP) se pronunciou em nota e pediu que os carros alegóricos sejam escoltados por seguranças no momento da dispersão, já fora do Sambódromo, quando é comum que o público no entorno entre em contato com as alegorias.
“Para que não ocorram acidentes como o de ontem… o MPRJ expediu hoje (21) pedido de urgência para que o juiz de plantão na Vara da Infância e Juventude determine a designação, pelas agremiações, de seguranças para atuarem junto a cada escola, fazendo a escolta dos carros alegóricos, na dispersão”, escreveu o MP.
A mesma recomendação já havia sido feita em 2019. “Providenciar seguranças aos carros alegóricos para evitar que crianças e adolescentes se coloquem em riscos, especialmente, nos momentos de concentração e dispersão das escolas de samba”, dizia o item 10 do documento daquele ano.
A Liga das Escola de Samba (Lierj) emitiu nota dizendo que acompanha o caso e prestando solidariedade à família de Raquel.
“As ligas das escolas de samba do Rio de Janeiro estão abaladas e se solidarizam com a família de Raquel Antunes. Equipes das ligas e da escola acompanham o caso na unidade hospitalar ao lado da família desde o primeiro instante e também colaboram com as autoridades”.
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