A Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) anunciou, nesta sexta-feira (24), que a Uber excluiu, em todo o país, mais de 15 mil motoristas de aplicativo da plataforma por excesso de cancelamentos. De acordo com a associação, o número é o equivalente a 1% de toda a base de motoristas do país.
“Foi uma exclusão sumária, o que deixou os motoristas em situação complicada. Nos termos de uso da plataforma, não há proibição à prática do cancelamento”, disse o Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp.
Ao retirar um motorista da plataforma, a Uber envia uma mensagem ao trabalhador e restringe o acesso para novas corridas. Sob alegação de violação do Código da Comunidade Uber, a conta é “desativada permanentemente”.
“Na Uber, o cancelamento de viagens é um direito tanto do motorista quanto do usuário. Porém, o abuso desse recurso configura mau uso da plataforma, pois prejudica intencionalmente o seu funcionamento”, diz a nota enviada aos motoristas.
Em nota divulgada à imprensa, a Uber diz que “comportamentos como a prática de cancelar diversas viagens em sequência e logo após terem sido aceitas prejudicam negativamente todos que usam a plataforma”.
Procurado pelo Correio, o Sindicato dos Motoristas por Aplicativos do Estado da Bahia ainda não se posicionou.
Nota da Uber
“Motoristas parceiros são profissionais independentes e, assim como os usuários, podem cancelar viagens quando julgarem necessário. Cancelamentos excessivos ou para fins de fraude, porém, representam abuso do recurso e configuram mau uso da plataforma, pois atrapalham o seu funcionamento e prejudicam intencionalmente a experiência dos demais usuários e motoristas.
A Uber tem equipes e tecnologias próprias que revisam constantemente as viagens e os cancelamentos para identificar suspeitas de violação ao Código da Comunidade e, caso sejam comprovadas, banir as contas envolvidas.
Comportamentos como a prática de cancelar diversas viagens em sequência e logo após terem sido aceitas prejudicam negativamente todos que usam a plataforma porque, de um lado, impedem que outros motoristas parceiros gerem renda atendendo as mesmas solicitações de viagens canceladas, e, por outro, deixam os usuários esperando mais tempo ou até desistindo da solicitação.
O abuso no cancelamento de viagens não tem nada a ver com a liberdade do motorista parceiro de recusar solicitações. Na Uber, o motorista é totalmente livre para decidir quais solicitações de viagem aceitar e quais recusar.
A conexão entre parceiro e usuário – quando nome, modelo e placa do carro são compartilhados e o usuário recebe a confirmação de que o motorista está a caminho – só ocorre depois do motorista ter conferido as informações da solicitação (tempo, distância, destino etc.) e decidido aceitar a realização da viagem.”
* Com informações do G1
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