A tarifa de água em Cuiabá sofrerá reajuste de 11,145% em Cuiabá, maior que o aumento do salário mínimo este ano, que chegou a apenas 9,24%. O comunicado é da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec).
O reajuste foi aprovado pelo Conselho Regulatório no dia 26 de janeiro e publicado no Diário Oficial de Contas do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) na última segunda-feira (31). No entanto, apenas nesta quarta-feira (2) foi feita a primeira divulgação do reajuste.
A Concessionária Águas Cuiabá S.A. foi quem protocolou o pedido de reajuste tarifário anual. De acordo com a empresa, o reajuste seguiu os seguintes critérios: cálculo feito no intervalo de doze meses, encerrado em outubro de 2021; fórmula paramétrica estabelecida pelo Contrato de Concessão; índices da Fundação Getúlio Vargas; e o valor da tarifa de energia elétrica praticada pela Energisa, conforme resolução da ANEEL.
“Diante destes fatos, foi atestado que o índice de reajuste de 11,145% está correto”, afirma a Arsec, no comunicado.
Rafael Casimiro é psicólogo em Cuiabá e responsável pelas contas de sua casa. Para ele, o “assalto está legalizado” em vários setores da vida dos contribuintes.
“É um verdadeiro abuso. Um serviço de má qualidade, com dezenas de bairros tendo água dia sim, dia não, mas a conta nunca atrasa. Agora, nem mesmo o salário mínimo consegue fazer frente. Já não bastasse o assalto nos postos de combustíveis e supermercados, agora o roubo é na calçada de casa”, disse.
A analista contábil Bárbara Monteiro também faz críticas. Segundo ela, a situação só tende a piorar para quem já faz malabarismos com o orçamento mensal.
“Quando pensamos que a situação atual da vida do pobre não pode piorar, vem esse aumento absurdo da companhia de saneamento. Um valor que fará muita diferença no dia a dia, que já está muito difícil”, afirma.
Pelos próximos 30 dias, a Águas Cuiabá tem a obrigação de fazer publicidade maciça sobre o reajuste. Após esse prazo, a Concessionária poderá aplicar o novo percentual de reajuste sobre a água e esgoto.
RepórterMT
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