Funcionários e prestadores de serviço da Santa Casa – Hospital Vale do Guaporé, em Pontes e Lacerda (444 km de Cuiabá), entraram em greve nesta segunda-feira (15) por falta de pagamento dos salários, atrasados há dois meses. Além da falta de repasses, o local, que é administrado pela Sociedade Lacerdense de Beneficencia (Solben), apresenta condições insalubres para uma unidade de saúde, segundo os trabalhadores. Em entrevista, o prefeito Alcino Barcelos destacou que o repasse do município “está em dia” e que haverá intervenção da gestão municipal.
O movimento é por tempo indeterminado. Contudo, apesar da paralisação, os atendimentos seguem sendo realizados de forma reduzida em 30%.
A Solben é composta pelos prefeitos de Pontes e Lacerda, Campos de Júlio (566 km de Cuiabá), Irineu Marcos, e de Nova Lacerda (542 km de Cuiabá), Uilson José, e depende de repasses dos órgãos municipais para o funcionamento. Conforme a imprensa local, a greve no Hospital Vale do Guaporé é ocasionada pela falta de repasse da Prefeitura de Pontes e Lacerda.
Por outro lado, o prefeito Alcino Barcelos rebateu e disse que o repasse “está em dia”. Em entrevista à Rádio Conti, no município, ele declarou que, na manhã desta segunda, foi realizada uma reunião com Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), em que ficou definida a intervenção da gestão de municipal de Pontes e Lacerda no hospital. O prefeito acusou a Solben de não querer administrar a unidade médica.
“Foi feita a reunião com o Ministério Público e ficou definido [a intervenção municipal]. Vamos fazer igual o governo Mauro Mendes fez com a Saúde de Cuiabá. Se eles não querem tocar mais, teria uma saída honrosa. Mas estão sentados em cima do arreio, não querem descer e só prejudicar a gente politicamente (sic)”, disse Alcino acusando a Solben.
Alcino também publicou um vídeo em seu Instagram com foto da conta bancária onde ele afirma que realizou a transferência no valor de R$ 375 mil para o hospital. “Nós temos as conversas com a diretora desde janeiro, tentando fazer o orçamento [mas] não responderam”, declarou.
Até o momento, a administração não se manifestou diante das afirmações de Alcino.