Os 30 anos de carreira de Fádia Ravila Silva Nunes na enfermagem mostraram a ela que a profissão se faz “com amor”, mas que não se deve “fazer por amor”, ou seja, é preciso valorizar os profissionais, inclusive com um salário digno. Nesta sexta-feira (20.05), se comemora o Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem e o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) homenageia esses trabalhadores através da história da profissional Fádia.
Aos 62 anos, Fádia já passou por todas as carreiras da enfermagem. Hoje aposentada, ela começou como atendente, fez curso de auxiliar, estudou para ser técnica, cursou faculdade de enfermagem e fez até pós-graduação na área. Em todos as funções que trabalhou, sempre teve certeza que é preciso reivindicar seus direitos.
“Precisamos ter menos medo. Não ter medo de falar, de mostrar o que está errado. O médico não é um ‘deus’ que não erra. Temos que nos impor e mostrar que estudamos para isso, que temos conhecimento e que a nossa opinião é válida como a de qualquer um que trabalha dentro do hospital”, enfatiza Fádia.
Ela afirma que, apesar de ter cursado enfermagem, sempre será “técnica de enfermagem”, profissão na qual ela atuou mais de 23 anos. “Da porta do hospital até à diretoria eu falo o que penso. Minha opinião é válida, seja para elogiar quanto para dizer o que está errado”.
Segundo a técnica de enfermagem, muitos profissionais mais novos têm medo de expor a sua opinião dentro dos hospitais. “Falam que eu posso falar porque sou mais antiga na profissão. Mas comecei como todo mundo, no primeiro dia. Sou competente, estudei para isso e faço bem feito para que eu possa me orgulhar de mim mesma”.
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