Apesar de nova deterioração das expectativas da inflação oficial em 2021 e 2022, com a mediana para o ano que vem já no teto da meta (5,00%), os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros da economia no fim de 2021 e 2022, em 9,25% e 11,25%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Há um mês, as medianas eram de 9,25% e 10,25%, respectivamente.
Considerando apenas as 35 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 também permaneceu em 9,25%. Já para 2022, a mediana passou de 11,25% para 11,75%, considerando as 35 atualizações dos últimos cinco dias úteis.
Nos eventos da semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, evitou responder enfaticamente se o plano de voo do Comitê de Política Monetária (Copom) segue em um ritmo de alta de juros de 1,50 ponto porcentual.
Ele disse que um processo de alta de juros pode incorrer em dois erros: subir demais e trazer o risco de um processo de “overkill” da atividade econômica, ou ir lento demais e levar a um risco de desancoragem mais definitiva. “O BC entende que precisa fazer trabalho, senão custo é muito maior depois”, disse, sem também especificar se a autarquia ainda mira a meta de inflação de 2022.
No Boletim Focus, o cenário para a taxa básica de juros da economia foi mantida para os anos seguintes. A estimativa do Focus para a taxa Selic no fim de 2023 continuou em 7,75%, ante 7,25% há quatro semanas. Para 2024, ficou em 7,00%, ante 6,75% de um mês atrás.
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