(FOLHAPRESS) – O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB-RJ) critica a ideia de seu sucessor, Arthur Lira (PP-AL), de mudar a lei das estatais para facilitar a nomeação para cargos como o de presidente da Petrobras.
“É uma lei muito boa, que tem regras exatamente para proteger a gestão das estatais. Se a cada obstáculo for mudada, vamos ter perda de qualidade e transparência no processo de escolha dos gestores”, diz ele, que presidia a Casa quando a lei foi criada, em 2016.
Lira defendeu a mudança a revisão da Lei das Estatais para tratar da privatização da Petrobras um dia depois de o empresário Adriano Pires desistir de assumir a presidência da petrolífera.
Lira negou ter qualquer tipo de relação com Pires, sócio da consultoria CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), que presta serviços a clientes e concorrentes da Petrobras.
Na avaliação do presidente da Câmara, o sistema estabelecido pela Lei das Estatais é “complicado”.
“Eu acho que o Congresso precisa se debruçar sobre isso. A Petrobras, além de ser uma S/A, ela não pode desconhecer que é uma empresa majoritariamente estatal. Ela é do governo, que é o acionista majoritário. O governo não pode ser responsabilizado por tudo que ela faça de errado, sem explicações”, disse.
Em posição divergente, por sua vez, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a legislação não apresenta problemas e que por isso não deveria passar por alteração.
Pacheco também defendeu a Petrobras: disse que a empresa gera dividendos para a sociedade e por isso não deveria ser alvo de discussões de privatização nesse momento.
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