O Santander Brasil fechou o primeiro trimestre de 2022 com lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) de R$ 4,005 bilhões, alta de 1,3% em relação ao mesmo período de 2021. Ante o quarto trimestre de 2021, o crescimento foi de 3,2%.
A filial brasileira do banco espanhol viu suas margens se expandirem no trimestre, diante de um aumento na chamada margem com produtos, e também expandiu sua receita com serviços, o que sustentou a alta do resultado líquido.
Por outro lado, o Santander gastou mais com provisões e viu despencar os resultados com tesouraria. O balanço é o primeiro do período de gestão do novo CEO do banco no País, Mario Leão. Ele assumiu o cargo na virada do ano.
A margem financeira bruta do Santander foi de R$ 13,938 bilhões no período entre janeiro e março, alta de 3,8% em termos anuais, mas uma queda de 1,5% em termos trimestrais.
O desempenho foi puxado pela margem com produtos, que reflete o resultado do banco com operações para empresas ou pessoas físicas, e foi de R$ 13,161 bilhões, alta de 24,8% no espaço de um ano. A margem com clientes foi de R$ 13,854 bilhões, expansão de 29,6%.
A instituição atribuiu o resultado a maiores volumes e também a uma mudança no mix de crédito e dos spreads nas captações, beneficiados pela alta dos juros. O banco, assim como seus pares, migrou ao longo de 2021 para empréstimos mais rentáveis, em busca, justamente, de uma expansão das margens.
Já a margem com mercado, que reflete os resultados do Santander com tesouraria, caiu 96,9% em um ano, para R$ 84 milhões. O resultado veio de “nossa conhecida sensibilidade negativa a movimentos de alta da curva de juros”, afirma o Santander. No ano passado, os números da tesouraria da instituição foram impulsionados pela volatilidade do mercado de capitais brasileiro, e ajudaram a elevar o lucro do banco.
No trimestre, o spread (diferença entre custo de captação e os juros cobrados dos clientes) do Santander foi de 11,3%. No mesmo período de 2021, este indicador havia sido de 10%.
Patrimônio e rentabilidade
Os ativos do Santander Brasil chegaram a R$ 959,971 bilhões no trimestre encerrado em março, baixa de 1,9% em um ano, e redução de 0,4% em três meses.
Em março deste ano, o patrimônio líquido da instituição chegava a R$ 79,187 bilhões, alta de 1,8% em um ano, considerado o indicador que inclui o ágio. Sem ágio, subiu 1,3% em um ano, para R$ 77,755 bilhões.
Com os resultados, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) foi de 20,7% no primeiro trimestre deste ano. No mesmo intervalo de 2021, havia chegado a 20,6%, e no quarto, a 20%.
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