ANA CORA LIMA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Falar de “Pantanal” e, especialmente, de sua personagem, Filó, faz Dira Paes sorrir de orelha a orelha. A atriz, 52, está, claro, feliz com o sucesso da trama, originalmente de Benedito Ruy Barbosa, e assinada pelo neto do autor, Bruno Luperi, no remake da Globo.
“É como se a gente precisasse desse respiro neste momento de um Brasil polarizado. É o respiro. Estávamos com saudades de nos identificarmos com um novelão. ‘Pantanal’ resgatou isso. Sinto essa adesão do público nas ruas”, começa ela.
Dira admite que Filó é o retrato de uma mulher, com um quê de submissa, não muito diferente das que ela conhece pelo Brasil afora, no campo e na cidade. Bem diferente de Alice, sua personagem na série “As Five” da Globoplay.
“O legal é que é só o mesmo cabelo (risos). O meu filho até falou: ‘mãe, você precisa mudar os cabelos’. Eu não sou muito de mudanças. Confesso. Mas, as duas são personagens absolutamente diferentes e, sem dúvida nenhuma, mulheres donas de suas opiniões e realizações”, entrega. Dira vibra ao falar da personagem lésbica e pegadora da produção da plataforma streaming.
“Alice é aquela coisa impactante. A gente vai amadurecendo na careira e vai querendo, buscando poder se comunicar com o agora e não mais com o passado. Esse convite caiu como uma luva para esse momento que eu queria e que a gente está ampliando e dando voz a diversidade tão gigante de um país como o Brasil. As pessoas vieram me agradecer por esse olhar da representatividade”, explica.
Por conta das gravações de ‘Pantanal’, a atriz tem se envolvido bem menos do que gostaria com os problemas que envolvem a causa indígena no Brasil. Ela ainda alertou para uma guerra tal como acontece na Ucrânia em nosso território
“Tenho acompanhado o drama dos Yanomami, mas não tenho propriedade, hoje, de dizer que se aconteceu algo, por exemplo. Trata-se de uma degradação contínua, que está acontecendo por conta da exploração predatória e desequilibrada em todas as nossas reservas. As minhas redes me mantêm informada. É como se nós estivéssemos em guerra como na Ucrânia e nós não damos essa visibilidade, não damos a visibilidade de um conflito nacional. A defesa de uma causa depende do nosso conhecimento e do afeto. É preciso conhecer o Brasil para defendê-lo”, pontua ela.
Dira, não é de hoje, gosta de se posicionar politicamente. Sabe da importância de levantar bandeiras. “Tenho a minha posição política bastante clara e todos que me conhecem sabem, claramente, qual ela é. Eu sou a favor dos Direitos Humanos e vou estar sempre lutando por essas causas. Posso dizer que nós estamos muito otimistas com o que vai acontecer nas próximas eleições e eu tenho certeza que o Brasil não quer esse Brasil desgovernado”, completa a atriz.
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