SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O programa No Limite (Globo) chega ao fim nesta terça-feira (20) com seis possíveis campões ainda na disputa pelo prêmio de R$ 500 mil. Mas calma, o episódio terá uma eliminação inicial antes da grande final, que terá apenas dois competidores e será definida por voto popular, pelo site do Gshow.
Viegas, Marcelo Zulu, André Martinelli, Paula Amorim, Elana e Jéssica são os participantes que seguem no jogo, após passarem pela mais temida prova: a das comidas exóticas. Eles tiveram que comer larvas, baratas e olho de cabra. Paula foi a vencedora, enquanto a vice, Carol Peixinho, acabou eliminada.
Apesar de ter começado como uma grande promessa após o Big Brother Brasil 21, No Limite acabou não empolgando. Mesmo com elenco formado apenas por ex-BBBs, o programa foi criticado por provas supostamente fáceis e presentes de patrocinadores que iam contra a ideia de testar limites.
Café da manhã colonial, uma noite em camas confortáveis, churrasco e cerveja gelada estavam entre os presentes que os grupos Carcará e Calango ganharam no decorrer do reality. “Parece uma gincana de escola”, chegou a dizer a advogada Andrea Baptista, 50, semifinalista da primeira edição, no ano 2000.
O músico Viegas, 36, no entanto, contesta essa avaliação. Ele admite que na primeira temporada os competidores tiveram um pouco mais de perrengue, mas afirma que houve dificuldades na atual edição também, como restrição alimentar e as condições climáticas. Ele mesmo perdeu cerca de 10 kg.
“É muito simples a galera assistir a um programa só de terça-feira, depois que já jantou e tomou um pote de sorvete, e sentado no sofá dizer que é fácil. Eu acho que o programa poderia mostrar mais, tem conteúdo para mais dias de programa”, afirma Viegas, que aguentou todos os 25 dias de competição.
Viegas afirma que as tribos passaram por provas de resistência, tiveram restrição alimentar, enfrentaram frio e gravaram as provas quase todos os dias expostos a um sol escaldante. Ele destaca ainda o dia em que teve uma tempestade como um dos piores, com gente pedindo para deixar o programa.
“Aquilo ali foi um dilúvio. Estava muito forte mesmo e, além de muita chuva, o vento esfriou e ninguém se preparou para isso. As pessoas pensavam ‘estou no Ceará e não vou passar frio'”, recorda ele, que se diz feliz por sua trajetória e, principalmente, por ter chegado à final. O campeão ainda é um segredo.
Para Viegas, apesar de haver atletas entre os competidores, o psicológico foi mais importante. “Se você tem um corpo doente e uma mente sã, eu acho que você consegue pensar de forma a curar seu corpo. O autoconhecimento identifica os momentos em que você precisa estar ‘good vibes’ e com sangue no olho”.
O treinador de MMA Marcelo Zulu, 40, concorda com o colega e revela que recorreu à hipnose para se preparar, já que estava com dificuldades no treinamento. Foram apenas duas sessões, mas que ajudaram nos momentos de dificuldade. Segundo ele, seu problema era mais psicológico e mental.
“O hipnólogo ajudou a conseguir me concentrar e recorrer a sentimentos e sensações da época que eu era atleta. Sensações boas e ruins, superações, ter foco para mostrar que o que eu estava sentindo naquele momento não era nada perto do que eu já tinha sentido. Eu poderia superar”, afirma ele.
Também finalista, Zulu conta que sempre quis participar de No Limite, e a prova mais temida era a de comidas exóticas porque era a principal recordação que atuais participantes tinham das edições anteriores. No final, ele diz que o temido olho de cabra não foi a pior “iguaria” servida aos competidores.
Para Zulu, a comida mais nojenta foi a barata de Madagascar, mas afirma que não teve dificuldade em engolir, porque ela quebrava na boca e solta um líquido que facilita para engolir. Ele diz que o mais difícil foi comer as larvas de besouro, porque estava com a boca muito seca e elas tinham uma casca.
“Peguei as larvas todas e empurrei. Aconteceu de eu estar mastigando e não esmagava todas, algumas ficavam se mexendo. Meu Deus, teve uma que foi bem para o canto da minha língua tentando andar, fugir. Nossa, aquilo começou a me dar agonia”, lembra.
Zulu destacou também o clima da praia da Barra da Sucatinga, no Ceará, como um dos pontos mais desgastantes. Mas diz que “nada daquilo foi suficiente para me abalar. Claro que diminui o rendimento de cada um, cansa mais, mas chegar ao ponto de dizer que estou mais prejudicado que os outros, não”.
“Se eu não tivesse um emocional capaz de lidar com isso, eu nunca teria assinado o contrato. Todo mundo tem o direito de falar mal, só quem viveu aquela experiência emoção ali dentro sabe o quanto foi difícil, emocionante e abalou a gente. Tenho muito a agradecer”, finaliza ele, que participou do BBB 4.
A Globo deve reunir os 16 participantes do reality ao lado do apresentador Andre Marques, onde eles vão relembrar os momentos marcantes do programa.
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