SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – José Hamilton Ribeiro, de 86 anos, acumula seis décadas de uma premiada carreira como jornalista. Cobriu guerras e política. Hoje em dia, vive numa fazenda em Uberaba, no interior de Minas Gerais, e diz que ser fazendeiro é mais difícil do que ser repórter.
“Para ser fazendeiro precisa ser inteligente, aplicado”, disse o jornalista durante uma reportagem em homenagem a ele exibida no Globo Rural neste domingo (20). José Hamilton Ribeiro trabalhou por cerca de 40 anos no programa e se despediu da emissora há quatro meses.
Na conversa, Zé Hamilton, como é conhecido, relembrou momentos marcantes de sua trajetória na profissão. Foram 66 anos de trabalho em carteira assinada, disse. Aposentado, se mudou para a fazenda em Minas Gerais “fugindo da pandemia” e comanda uma equipe de dez pessoas na produção de eucaliptos, cana, milho, leite e gado de corte.
No Globo Rural, o jornalista fez reportagens sobre o meio ambiente, a fauna e flora brasileira, cultura popular e música sertaneja, entre outras. Sua saída, feita em comum acordo, estava acertada desde 2019 com a Globo, mas a emissora vinha adiando a rescisão em razão da pandemia.
A carreira de José Hamilton Ribeiro começou na rádio Bandeirantes. Com passagem pelo jornal Folha de S.Paulo, ele ingressou na Globo nos anos 1980, onde produziu, também, reportagens para o Globo Repórter e o Fantástico. Ele publicou 15 livros, como “O Gosto da Guerra”, sobre o Vietnã, e carrega o título de repórter mais premiado do país.
“A gente gosta de ser reconhecido. Então eu me sinto bem quando me reconhecem, quando falam de mim. Parece que eu fiz o serviço certo”, disse no programa. “Sou um homem de hábitos e vida simples”, disse também, sobre a vida de fazendeiro no interior mineiro.
Notícias ao Minuto Brasil – Fama
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