SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça negou o pedido da defesa do ator Johnny Depp, 58, para rejeitar o processo de difamação de US$ 100 milhões (cerca de R$ 481 milhões) movido pela ex-mulher Amber Heard, 36. Ela alega que o ator liderou uma campanha para desacreditá-la dizendo que suas alegações são “falsas e “farsas”, prejudicando sua carreira e reputação. Ambos se processam por difamação.
Com a ausência dos jurados, o advogado do ator, Ben Chew, disse ao tribunal de Virgínia, nos Estados Unidos, que a base da contestação de Heard -três declarações públicas feitas pelo advogado de Depp, Adam Waldman, em 2020 não pode estar diretamente ligada ao fato do ator ter “participado” ou “autorizado” os comentários.
Chew também argumentou que Heard não havia mostrado malícia real, alegando que Waldman havia investigado e acreditava que seus comentários de “farsa” eram verdadeiros. Waldman testemunhou no caso, mas invocou o privilégio advogado-cliente de confidencialidade na maioria das perguntas. Ele não negou ter dito os comentários.
O advogado de Heard, Ben Rottenborn, argumentou que não há base para rejeitar o contra-processo e que ele deveria permanecer. “As evidências mostram que não apenas o Sr. Waldman era o agente do Sr. Depp, mas que os dois conspiraram para acusar falsamente Amber de criar uma farsa e falsificar evidências que eles acreditam apoiar sua teoria e o que eles queriam alcançar.”
A juíza Penney Azcarate então leu sua decisão sobre o assunto, negando a moção para anular o processo movido por Heard. “O júri pode inferir que o Sr. Waldman fez essas declarações específicas a um terceiro para servir o autor [Depp] ao retratar o réu [Heard] como um litigante oposto sob uma luz negativa”.
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