A seleção brasileira foi o assunto principal da entrevista coletiva do técnico Abel Ferreira, após a vitória do Palmeiras, por 2 a 1, sobre a Juazeirense, nesta quarta-feira, em Londrina, que garantiu o time paulista nas oitavas de final da Copa o Brasil. O treinador aproveitou para descartar a possibilidade de substituir Tite após o Mundial do Catar, elogiou mais uma vez Raphael Veiga e fez um pedido à diretoria do clube.
“Eu não sou o técnico da seleção brasileira, nem quero ser. Sou muito novo para ser técnico da seleção, tenho 43 anos. Respeito muito o trabalho do selecionador. Já disse ao Veiga: tudo no tempo de Deus. A mim, o que mais me impressiona, e também veem os grandes clubes da Europa, não é o que ele joga com bola, não são os pênaltis que ele marca, os dribles. Ele é um jogador completo. Quando é preciso correr atrás, ele ajuda a equipe a defender”, disse o técnico palmeirense, enumerando adjetivos ao atleta, que mais uma vez ficou fora da lista de convocados por Tite para a Data Fifa de junho.
“O compromisso que ele (Veiga) tem, o jogador robusto que ele é A única coisa que peço é que, quando o mercado for aberto, não vendam este jogador”, afirmou o treinador, referindo-se à janela de transferências do meio do ano.
Se Veiga não foi convocado para integrar a seleção, Danilo esteve na lista e o fato foi festejado pelo treinador. “É um jogador fora da caixa. Quando nós chegamos, começamos a apostar nele, porque apostar na formação tem a ver com isso. A velocidade da formação não é igual para todos. Lembro perfeitamente que foi quando Felipe Melo teve uma lesão contra o Vasco, e ele aproveitou a oportunidade, começando a conquistar seu espaço. Mas a oportunidade dele não é só de agora, é de treinos diários. Meu critério de escolha não tem a ver com idade, nem com se é da base ou se foi contratado. Tem a ver com o esforço diário, com exigência de treino.”
Por fim, Abel voltou a criticar o robusto calendário do futebol brasileiro e fez um pedido à CBF. “No futuro, independentemente se o selecionador convocar do Brasil um, dois, três jogadores ou nenhum, que haja paralisações quando for convocada a seleção. É o único pedido que faço. Do resto, estou aqui para ajudar no que for preciso.”
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