Abel Ferreira comandou o Palmeiras, neste sábado, em sua sétima final desde que chegou ao time alviverde. Apesar do resultado não ser o título, o treinador português tratou de valorizar o seu elenco, que sustentou o empate com o Chelsea até o segundo tempo da prorrogação. A equipe inglesa conseguiu o troféu graças a um pênalti assinalado nos minutos finais.
“Muito orgulho do que fizemos. Ano passado nem ao pódio fomos. Este ano ficamos em segundo e enfrentando uma grande equipe. Jogo foi decidido em detalhes. Mas, acima de tudo, estou muito orgulhoso dos meus jogadores”, afirmou Abel após a derrota no Mundial de Clubes em Abu Dabi. O treinador também analisou a partida e indicou os pontos positivos alcançados pelo Palmeiras na final.
“Nós conseguimos superar, e muito, a qualidade individual do nosso adversário. Conseguimos ser corajosos, valentes, ter calma, jogar, atacar o nosso adversário. Uma equipe que tem muita qualidade individual, mas conseguimos igualar com o nosso jogo coletivo. O jogo foi decidido em um detalhe. Então, é dar os parabéns aos meus jogadores. Estou muito orgulhoso. Agora, vamos receber o nosso mereido segundo lugar, por todo o trabalho que fizemos”, finalizou o treinador.
Luiz Felipe Scolari, torcedores e outros personagens ligados ao Palmeiras consideram o português o maior que treinou o clube em seus 107 anos de histórias. Pela filosofia, pela transformação dos atletas, pela inteligência, pelo legado e pelos títulos, claro. Nenhum outro treinador conquistou duas Libertadores pelo clube.
“Falo de coração: Abel é o maior treinador que o Palmeiras já teve em todas as épocas”, opinou Felipão à Band. “Conseguiu os títulos, conseguiu fazer com que esses jogadores trabalhassem pelo clube com alegria, com satisfação e pensamento pelo Palmeiras que, quem sabe, nós não conseguimos passar”, justificou.
Mas Abel se distancia desse rótulo. Fala sempre que julga oportuno que um dos problemas do futebol brasileiro é buscar heróis e vilões. E que ele é apenas mais um dentro da estrutura, da engrenagem. “Vocês nunca vão me ouvir falar ‘eu ganhei ou perdi’. Nós ganhamos ou perdemos. O futebol, para mim, me fez ver as coisas de forma plural, humana, entreajuda, solidariedade. Temos de ser exemplo”, explicou.
Após a derrota na final do Mundial para o Chelsea, o Palmeiras deve embarcar na viagem de retorno ao Brasil às 22h (horário de Brasília). A chegada está prevista para a tarde de domingo.
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