A sequência de vitórias no três clássicos sobre São Paulo, Santos e Corinthians deixa Abel Ferreira satisfeito e contente, sobretudo, com desempenho apresentado. No entanto, não empolga o treinador, que tratou de reforçar que seus atletas ainda têm de trabalhar bastante para que o nível de atuações seja mantido, ou ampliado.
“A equipe tem muito para trabalhar e para crescer. Sabemos que o brasileiro empolga muito, mas temos que ser humildes. Há muito trabalho a fazer. Pés bem firmes na terra”, ressaltou o treinador.
A empolgação do torcedor é natural pelos resultados positivos, sobretudo nos clássicos, e pelas exibições. São vitórias, geralmente, aliadas a boas apresentações, com repertório tático variado.
O time alviverde é o único invicto do Campeonato Paulista e avançou ao mata-mata com a melhor campanha entre os 16 times do torneio. São 29 pontos ganhos em 33 possíveis. Ainda assim, Abel entende que é necessário fazer um alerta.
“Fiquem sabendo que o Palmeiras vai perder. Há muita gente na espera que o Palmeiras perca, fiquem descansados. Não vamos ganhar sempre, não há times invencíveis”, disse. “Mas podem ter certeza que somos uma família de trabalho. Nos alimentamos de vitórias e de trabalho, emendou o técnico, que afirmou saber “mais do que nunca o que é ser palmeirense”.
No pensamento do treinador, campeão quatro vezes em 16 meses de Palmeiras, o sucesso da equipe é fruto, em grande parte, da competência dos jogadores. Sua contribuição é menor do que a dos atletas, ele frisou.
“A minha parte nas vitórias é de 30%, a dos jogadores é 70%. Eles são protagonistas, são eles que jogam e tem sede de ganhar”, analisou sobre os seus insaciáveis atletas.” Um orgulho ser treinador deles. Querem mais, mais e mais. Quando está com vontade de aprender, como estão estes jogadores, é mais fácil explicar o que é preciso fazer”.
Um jogador em específico tem sido protagonista com frequência. É Danilo, jovem meio-campista que encanta Abel e os palmeirenses pelo talento incomum. O jogador, baiano natural de Salvador, é capaz de marcar como um carrapato a ponto de anular Renato Augusto no dérbi, tem a técnica de um meia criativo e o oportunismo de um centroavante, como mostrou no gol que deu ao Palmeiras a vitória sobre o Corinthians por 2 a 1.
“É um jogador de coração e mente aberta. Aprende o que a gente diz. Joga com bola, pra frente, distribui, chega e compete”, avaliou Abel sobre Danilo. “Minha função é essa. Ajudar a serem melhores individualmente. Se forem melhores individualmente, a equipe será melhor coletivamente”.
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