Passado o momento conturbado que o Santos viveu no Brasileirão, com risco real de rebaixamento, o técnico Fábio Carille começou a pensar no futuro. E passou a concentrar maior atenção às negociações com a diretoria do clube da Vila Belmiro, visando a temporada 2022.
“Houve algumas conversas, sim, sei que já ligaram para o meu empresário tanto o Edu Dracena como o presidente. Mas eu mesmo evitei (o assunto) para ficar totalmente voltado para esse momento delicado que o Santos estava”, disse o treinador, em entrevista ao canal BandSports.
Mas a situação mudou com o empate por 1 a 1 com o Internacional, no fim de semana. O resultado levou o Santos aos 46 pontos, pontuação considerada suficiente para evitar o rebaixamento, embora ainda exista chance matemática de queda.
Os resultados mais recentes fizeram a equipe da Vila deixar a zona de rebaixamento e até abrir certa distância da região de perigo na tabela. Ainda com dois jogos a disputar no Brasileirão, o Santos ocupa o 11º lugar na classificação.
“Na verdade, acredito que agora dá para falar um pouquinho mais (sobre permanecer), apesar de eu ainda não querer, mas acho que é o momento. Está passando da hora, falta uns nove dias para terminar a temporada e vamos ver o que vai acontecer, como serão as conversas”, declarou Carille.
O treinador afirmou estar feliz, confirmando seu desejo de permanecer no clube. “Já quero adiantar que não só eu como a comissão técnica toda está muito feliz. O Walmir (Cruz, preparador físico) já conhecia a casa e trabalhou antes no Santos e nós estamos muito felizes com o que aconteceu e com o que está acontecendo no ambiente”, afirmou.
“Então, acredito que não vai ter dificuldade nenhuma (para seguir), vai ser muito fácil e eu vejo o time do Santos começando uma pré-temporada muito fácil para se ajeitar e se arrumar. Não precisa de muitas coisas. É o meu modo de ver”, disse o técnico.
A permanência de Carille no Santos será definida de forma informal porque seu contrato é do tipo CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sem qualquer prazo de validade, como nos contratos de trabalhadores comuns. Não haveria maiores custos para ambas as partes em caso de saída, na forma de demissão. Se permanecer, não será necessário “renovar” o contrato.
O “martelo” será batido pelo presidente Andres Rueda na companhia de Edu Dracena, executivo de futebol contratado pelo clube em outubro. Quando chegou ao Santos, o ex-zagueiro evitou falar sobre o futuro de Carille, mas indicou confiar no trabalho do treinador para acabar com as chances de rebaixamento do time.
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