O Brasil terá dois árbitros na Copa do Mundo do Catar. Raphael Claus e Wilton Sampaio foram escolhidos pela Fifa para o Mundial, que será disputado entre novembro e dezembro deste ano. Pela primeira vez na história, a entidade escalou mulheres para apitar jogos do grande evento. O País será representado pela auxiliar Neuza Back.
Claus e Sampaio eram os mais cotados para representar o Brasil na Copa porque vinham participando com frequência dos cursos da Fifa. Mas a expectativa era de que apenas um deles seria o escolhido. Com a definição, será a primeira vez desde a Copa do Mundo de 1950, sediada no Brasil, que o País terá dois árbitros num Mundial.
Sampaio esteve na Copa da Rússia, em 2018, como árbitro de vídeo. Na época, o juiz principal brasileiro foi Sandro Meira Ricci, já aposentado e hoje comentarista de TV. A aposentadoria abriu espaço para Claus, que foi eleito o melhor do Brasileirão nos anos de 2016, 2017 e 2018. Sampaio levou esse prêmio em 2019.
“Como sempre, o critério que usamos é ‘qualidade em primeiro lugar’ e os árbitros selecionados representam o mais alto nível de arbitragem em todo o mundo”, afirmou Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa. “A Copa do Mundo de 2018 foi muito bem-sucedida muito em parte por causa do alto nível da arbitragem. E nós vamos dar o nosso melhor daqui a alguns meses, no Catar.”
Os dois brasileiros estão agora na lista de 36 árbitros que vão comandar os jogos da Copa do Catar. O Brasil será representado ainda por cinco auxiliares entre os 69 escolhidos pelo mundo: Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo, Bruno Pires, Danilo Simon e Neuza Back – todos estreantes em Copas. Na relação de 24 árbitros de vídeo, o País não contará com representantes.
MULHERES
A arbitragem da Copa do Catar já será histórica por conta da decisão de Fifa de escalar mulheres para apitar alguns jogos. Serão três árbitras – a francesa Stéphanie Frappart, a ruandesa Salima Mukansanga e a japonesa Yoshimi Yamashita – e três assistentes, entre elas Neuza. As demais são a mexicana Karen Díaz Medina e a americana Kathryn Nesbitt.
“Escalamos árbitras mulheres pela primeira vez na história das Copas do Mundo. Isso conclui um longo processo que começou há alguns anos com o desenvolvimento de árbitras mulheres em torneios juvenis e de adultos da Fifa. Enfatizamos que é a qualidade que conta para nós, e não o gênero”, afirmou Collina.
“Espero que, no futuro, a seleção de árbitras mulheres da elite para torneios masculinos importantes seja percebido como algo normal, e não mais como algo sensacional. Elas merecem estar na Copa porque apresentaram performance em alto nível de forma constante e isso é um fator importante para nós”, complementou o responsável pela arbitragem na Fifa.
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