Galvão Bueno detalhou algumas brincadeiras e pegadinhas que ele, Ayrton Senna e Gerhard Berger promoviam entre si na década de 1990. O narrador era muito amigo do brasileiro tricampeão mundial de Fórmula 1 e também revelou parceria com o austríaco, que foi companheiro de Senna na McLaren.
Entre as pegadinhas montadas pelo trio, Galvão Bueno contou que por pouco não tomou um sonífero antes da transmissão do Grande Prêmio do Japão de 1991, que culminaria no terceiro título mundial de Ayrton Senna. O narrador também relatou outras pegadinhas feitas com Senna e Berger no programa Que História é Essa, Porchat?, do GNT.
“Estávamos voltando da Austrália, depois do fim da temporada da Fórmula 1, indo para a Argentina. Berger e eu pegamos o passaporte do Senna. Recortamos a parte principal de um nu frontal de uma Revista Playboy, do tamanho da foto do passaporte dele, e colamos em cima da foto. Chegou na imigração… Entregou o passaporte, e o argentino fez aquela cara”, contou Galvão Bueno, provocando risos na plateia.
VINGANÇA
“Estávamos em Miami, Senna me colocou um cadeado no cós da calça, onde passa o cinto. Depois colocou o segundo e o terceiro. Uma coisa bastante normal”, gargalhou Galvão durante o relato. “Quando fui passar na máquina de detector de metais, imagine o quanto aquilo apitava. Ele (Senna) dizia para o americano: ‘Não deixe ele embarcar, porque é maluco’. Fui parar em uma sala, quase não embarquei… Queriam tirar o cadeado com serra, outro puxava”, explicou.
Mas as brincadeiras não pararam por aí. Uma delas Galvão conseguiu evitar, depois de achar muito suspeita a insistência para beber um suco de laranja. Mas o narrador e Senna puderam antes fazer mais uma brincadeira com Berger.
“Estávamos chegando para o Grande Prêmio do Japão, em trem-bala. Teria um evento. Enquanto o Berger dormia, abri a mala dele, vi que tinha um sapato que ele ia usar naquele evento. Chamei o Senna, perguntei se ele tinha alguma coisa para fazer uma brincadeira. Fui lá, enchi (o sapato) de gel de barbear. Naquele momento, ele deu uma acordada e me viu jogando algo para o Senna e desconfiou”, iniciou o narrador.
“Quando chegou de noite, ele caiu na pegadinha. Teve de ir de tênis. A mulher dele na época disse para mim: ‘vocês estão perdidos’. No domingo, faltando duas horas para começar a corrida, estava indo para a cabine, um calor danado, vem o rapaz que cuidava da comida com um copo de suco de laranja. Ofereceu se eu queria, mas eu recusei. Ele insistiu. ‘Não quero’, disse. Ele voltou com um copo d’água. Falei: ‘Aí tem coisa’. Não quis também. De jeito nenhum”, disse Galvão, que mais tarde descobriu o que lhe poderia ter ocorrido.
“Depois da corrida, em que o Ayrton foi campeão do mundo, teve uma festa. Lá, o Ron Dennis, dono da McLaren, perguntou se eu não estava com sono. O Berger pegou quatro comprimidos, daqueles que te faz dormir na hora, amassou e colocou no suco de laranja. Imagine: a Globo me manda para o Japão, eu podia até ter morrido, mas acho que não ia morrer”, brincou antes de imaginar abertura de uma transmissão com muito sono: “Bem, amigos, da Rede Globo.”
Galvão Bueno está em seus últimos meses de trabalho na Globo. O célebre narrador não renovou seu vínculo com a emissora carioca e finalizará sua passagem com a cobertura da Copa do Mundo do Catar, entre novembro e dezembro.
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