O Golden State Warriors se sagrou campeão da NBA na madrugada desta sexta-feira, após superar o Boston Celtics por 103 a 90, com grande atuação de Stephen Curry, que chorou bastante ao fim da partida, após ter anotado 34 pontos, sete rebotes e sete assistências e garantir o prêmio MVP das finais. O jogo, que aconteceu na arena esportiva TD Garden em Boston, fechou o confronto das finais por 4 a 2 e garantiu o sétimo título da franquia de São Francisco (1947, 1956, 1975, 2015, 2017, 2018 e 2022). Com esse resultado, a equipe comandada por Curry ultrapassou os seis anéis conquistados pelo lendário Chicago Bulls de Michael Jordan (1991, 1992, 1993, 1996, 1997 e 1998) e agora é o terceiro time mais vitorioso da história da NBA, ficando atrás apenas dos Los Angeles Lakers e do próprio Boston Celtics, ambos com 17 títulos.
A temporada de 2022 foi uma de redenção e recordes para os Warriors. Depois de dois péssimos anos, os campeões retornaram ao páreo dos playoffs e conquistaram o campeonato que haviam deixado escapar em 2016 e 2019. Após a impressionante marca de cinco finais consecutivas entre 2015 e 2019, as lesões de Stephen Curry e Klay Thompson e a saída de Kevin Durant fragilizaram o time. Em 2020, a equipe amargou um último lugar na conferência oeste e, em 2021, um nono lugar não foi o suficiente para uma vaga na pós-temporada.
Durante os anos de baixa, muitas foram as críticas aos Warriors. O time foi declarado como “morto” inúmeras vezes e, para muitos, Curry e companhia já não eram mais o suficiente para a conquista da NBA. A formação de uma super equipe com a contratação de Durant em 2016 também foi criticada, como se a única explicação para o sucesso do time treinado por Steve Kerr fosse a quantidade absurda de craques reunidos sob um mesmo teto.
A conquista do sétimo título é, acima de tudo, a prova de que a revolução dos três pontos orquestrada pelo Golden State na liga ainda faz parte do DNA vencedor do time. Com o terceiro lugar da conferência oeste na temporada regular de 2022, o Golden State bateu o Denver Nuggets, o Memphis Grizzlies e Dallas Mavericks nos playoffs e alcançou a final da NBA.
As finais contra o Celtics começaram de forma tensa. Logo no primeiro jogo, os Warriors perderam em casa de 120 a 108 e acenderam um alerta nos torcedores de São Francisco. O tropeço, no entanto, foi momentâneo. A equipe de Curry se aproveitou de um Celtics instável e garantiu vitórias nos jogos 2, 4, 5 e 6, alcançando o resultado necessário para fechar a série.
O retorno de Klay Thompson, afastado da equipe durante três anos por uma série de lesões, foi fundamental para a conquista do campeonato. O jogador bateu a marca de 100 cestas de três pontos nas finais da NBA, algo que somente Stephen Curry e LeBron James haviam conseguido até então. Outra peça importante foi Andrew Wiggins. O ala deixou de lado a fama de eterna promessa e mostrou o motivo pelo qual os Warriors o contrataram a peso de ouro em 2020. O nome da temporada, no entanto, não poderia ser outro que não o de Stephen Curry.
Foi uma ano de recordes para o armador, que se tornou o maior arremessador de três pontos na história da NBA, ultrapassando os números de Ray Allen na temporada regular, nos playoffs e na combinação de ambos. Com a vitória no jogo 6, Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green têm 21 triunfos nas Finais, o que os torna o trio mais vitorioso da história da liga nos últimos 50 anos.
O JOGO 6 ENTRE CELTICS E WARRIORS
A equipe de Boston aproveitou o mando de quadra e abriu logo 14 a 2, com o apoio dos torcedores. Mas, aos poucos, o time de Steve Kerr se acertou. Mesmo com Stephen Curry demorando a marcar seus primeiros pontos, os Warriors reagiram e fizeram 27 a 22 ao fim do primeiro quarto.
Quando os visitantes botaram dez pontos de diferença, foi a vez da equipe de Boston pedir tempo para travar o bom momento do adversário. Atônitos, os Celtics tiveram muita dificuldade para dar a volta por cima. Com cestas importantes, Jordan Poole seguia como um dos destaques da partida. Foram 21 pontos seguidos dos Warriors, a maior sequência em uma final de NBA nos últimos 50 anos. A equipe de Steve Kerr não baixou o ritmo, dominou o duelo, aproveitando os turnovers do Boston, e foi ao intervalo com 52 a 25 no placar.
CURRY, O MVP DAS FINAIS
Com atuação segura e confiante, o Golden State iniciava bem o terceiro quarto. Com desempenho abaixo do esperado, Marcus Smart não esteve nos seus melhores dias, mas a franquia de Boston reagiu na partida. Com uma defesa forte e capricho nos arremessos, chegou a diminuir a diferença de pontos para nove.
Com a diminuição da distância no placar, o último quarto começou com tudo. Os Warriors gastavam o tempo no relógio enquanto os Celtics tentava se manter vivo na disputa. Como foi durante toda a partida, Curry seguiu com uma atuação decisiva, seja anotando pontos ou nas assistências, e compensou o desempenho ruim de Klay Thompson. A tensão tomou conta do jogo, mas o Golden State tratou de encaminhar a vitória a três minutos do fim. A equipe de Kerr foi fatal e mereceu a vitória (e o título).
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