O Palmeiras inicia as oitavas de final da Libertadores, competição em que se sente à vontade, a fim de abrir vantagem para decidir a vaga às quartas em casa, daqui a uma semana. O duelo desta quarta-feira, às 19h15, no estádio General Pablo Rojas, é contra o Cerro Porteño, no Paraguai, onde o time de Abel Ferreira nunca perdeu para o rival paraguaio.
O retrospecto diante do Cerro é muito favorável ao Palmeiras. Em dez jogos pelo torneio continental, foram quatro vitórias do time alviverde, quatro empates e dois triunfos da equipe paraguaia. Os rivais se encontraram nas edições de 1999, 2001, 2005, 2006, todas pela fase de grupos, e na de 2018, pelas oitavas de final.
No último encontro entre eles no Paraguai, a equipe brasileira, então treinada por Felipão, fez 2 a 0 em Assunção há quatro anos. A partida de volta será daqui a uma semana, no dia 6 de julho, às 19h15 (de Brasília), no Allianz Parque. Caso avance, o Palmeiras, que busca o tri seguido, já que ganhou as duas últimas edições, e o tetra, no geral, pode ter novamente o Atlético-MG em seu caminho.
O Palmeiras joga para melhorar ainda mais seus impressionantes números na Libertadores. O time de Abel é dono da melhor campanha da história da fase de grupos, com 100% de aproveitamento, ostenta o ataque mais positivo da história em seis jogos, com 25 gols, e detém a maior série invicta como visitante no torneio: 18 partidas.
“A gente sabe o quanto é importante obter um bom resultado no primeiro jogo para depois fechar em casa. Em jogo de mata-mata o Abel nos pede isso, um bom resultado no jogo de ida, melhor ainda se for com baliza zero”, afirmou o goleiro Weverton.
O time apresentou uma pequena queda em sua performance nos últimos dois jogos, com derrota para o São Paulo e empate com o Avaí, ambos pelo Brasileirão. A instabilidade, na análise de Abel Ferreira, é consequência da maratona de jogos que desgasta os atletas e aumenta o risco de lesões.
O treinador apelou para a fé para não perder mais atletas. Seus principais jogadores estão à sua disposição. Apenas Jorge, com covid-19, não viajou ao Paraguai. O lateral-esquerdo foi isolado do grupo e cumpre o período de quarentena em São Paulo.
Do lado do Cerro Porteño está um velho conhecido da torcida alviverde. Chiqui Arce, ídolo palmeirense, é o comandante do “Ciclón” desde 2020. Conhecido pelo seu talento nas bolas paradas, Arce ganhou a Libertadores pelo Palmeiras em 1999 e é apontado como um dos maiores lateral da história do clube paulista.
“Sabemos que o Palmeiras é um grande time, sabemos que é o último campeão, mas são seres humanos como nós, são jogadores de futebol como nós. Nada é impossível”, disse o meio-campista Piris da Motta, ex-atleta do Flamengo, em um esforço para tranquilizar os torcedores que vão lotar as arquibancadas. No ataque do time paraguaio joga outro conhecido do futebol brasileiro, o boliviano Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro.
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