SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Bradley Wiggins, britânico pentacampeão olímpico e vencedor da Volta à França, resolveu expor durante uma entrevista à versão britânica da revista ‘Men’s Health’, um assunto que, por muito tempo, tentou esquecer: o assédio sexual que sofreu de um antigo treinador, quando ele tinha apenas 13 anos.
O ex-ciclista de 41 anos se abriu sobre o episódio ocorrido na infância e contou como isso acabou impactando em sua vida. “Um treinador abusou sexualmente de mim quando era jovem. Tinha 13 anos e nunca aceitei o que aconteceu. Sim, teve impacto na minha fase adulta, claro”, confessou.
O britânico revelou que, durante a infância, viveu momentos difíceis em sua própria casa: “O meu padrasto era muito agressivo. Me chamava de marica porque a roupa que usava de ciclista era muito justa. Achei que não podia dizer nada sobre o que me tinha acontecido pelo que tentei esquecer. Era uma criança solitária e sentia-me sozinho. Talvez tenha sido por isso que comecei a praticar ciclismo”.
A tristeza pela perda do pai biológico, que era viciado em drogas e álcool, foi outro tema abordado pelo ex-ciclista ao longo da entrevista.
“Era o meu herói e queria lhe mostrar o que valia. Conheci-o pela primeira vez quando tinha 18 anos e desde então tínhamos uma boa relação. Mas estive anos sem vê-lo até ele morrer em 2008. Era um bom ciclista, mas desperdiçou o seu talento. Lutava contra uma depressão e era viciado em drogas e álcool”, finalizou.
Bradley Wiggins soma oito medalhas ao longo dos Jogos Olímpicos: cinco de ouro, uma de prata e duas de bronze. A última delas, dourada, foi conquistada em 2016, no Rio de Janeiro.
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