De um lado um gigante embalado por quatro vitórias nos últimos cinco jogos, sendo três seguidas. Do outro, um nanico que ganhou somente uma vez no mesmo período. Em situações opostas, São Paulo e São Bernardo abrem as quartas de final do Paulistão nesta terça-feira, às 20h30, no Morumbi. Empolgado pelos resultados positivos e com o apoio da torcida que promete lotar o estádio, o atual campeão confia em repetir as boas atuações para evitar a zebra e avançar às semifinais.
Apesar de jogar em casa, o São Paulo não tem vantagem por ter fechado na liderança da chave. O empate leva a decisão para pênaltis e Rogério Ceni nem pensa na possibilidade. A ideia e garantir a vaga no tempo normal e, de preferência, sem sofrimento.
Foram oito gols marcados nos últimos cinco jogos pelo ataque são-paulino, que engrenou na temporada e já arranca elogios de seu treinador pela vontade de ganhar. O time bateu Corinthians, Mirassol, Manaus e Botafogo e não merecia ter perdido o clássico diante do Palmeiras, no qual criou inúmeras chances de empatar e saiu aplaudido de campo.
“Nossa equipe está criando corpo e ficando consistente por vários quesitos. Estamos em uma crescente, mas temos que ficar com o pé no chão. Além dos times considerados grandes, os outros estão vindo muito fortes e para mim é até uma novidade um campeonato tão nivelado”, afirma o lateral-direito Rafinha, confiante e ao mesmo tempo cobrando respeito ao São Bernardo.
O mantra de Rogério Ceni é este desde a classificação do rival às quartas de final: jamais tentar diminuir o oponente e a grandeza do confronto. “Já pude observar nos últimos dias a equipe do São Bernardo, uma ótima equipe, bem competitiva, mais forte do que as equipes com quem fizemos mata-mata, o Manaus e o Campinense (na Copa do Brasil)”, reconhece o técnico. “Vamos fazer o melhor possível para tentar superá-lo e chegar à semifinal, mas sabemos que é difícil. Todo jogo tem de ser levado muito a sério.”
Ganhar no tempo normal do São Bernardo significará não apenas a classificação às semifinais, como marcará a quarta vitória seguida do São Paulo pela primeira vez sob o comando do ex-goleiro. Ele não esconde a euforia pela evolução do seu trabalho.
“O que vejo de diferente do São Paulo do ano passado para este é a competitividade. É um time que não deixa de lutar em momento nenhum”, observa. “É uma equipe que orgulha seu torcedor pela maneira como se comporta dentro de campo.”
O São Paulo entrará no Morumbi nesta terça-feira com desfalques. Arboleda está com a seleção equatoriana e dá lugar para Léo, enquanto Gabriel Sara mais uma vez será o desfalque na armação por causa de lesão muscular. Gabriel Neves é outro machucado.
Quem será o cérebro do time é a grande dúvida de Rogério Ceni. Patrick e Nikão, autores dos gols da vitória são-paulina em amistoso com o São Bernardo por 2 a 0 na pré-temporada são os principais rivais pela vaga, com Alisson correndo por fora. Eder e Calleri têm tudo para voltar no ataque.
EM BUSCA DA SUPERAÇÃO
Apesar de muito elogiado por Rogério Ceni, o São Bernardo sabe que precisará se superar se quiser avançar à semifinal do Paulistão. Depois de um início bom no estadual, o time do ABC caiu de rendimento e perdeu em suas últimas três visitas.
O técnico Márcio Zanardi poupou alguns titulares no empate sem gols diante do Guarani, no fim de semana, para chegar com o time descansado no Morumbi. Os empates com Palmeiras e Santos, ambos por 1 a 1, servem de motivação para o time do ABC tentar parar o São Paulo fora de casa. A aposta será na forte marcação e nas saídas rápidas com Silvinho e o centroavante Davó.
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