O secretário de Saúde de Cuiabá, afastado no âmbito da Operação Curare, Célio Monteiro teve o celular, documentos e valores em dinheiro apreendidos pela Polícia Federal (PF), nesta sexta (30). Ele compareceu na sede da PF ainda na manhã de hoje acompanhado do advogado Francisco Faiad e o depoimento ficou agendado para a próxima semana, após a defesa solicitar o acesso ao caso.
“O que se sabe, por ora, é que refere à investigação de empresas e não tem a ver com compras de insumos”, esclareceu Faiad ao RDnews.
Além de Célio, que é diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), o secretário-adjunto interino de Gestão e ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, Alexandre Beloto Magalhães de Andrade também foi afastado do cargo
Ele é o terceiro secretário de Saúde de Cuiabá a ser afastado do cargo por investigações na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Ano passado, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho pediu exoneração após ser alvo da Operação Overpriced e também foi alvo de busca e apreensão. Seu antecessor no cargo, Huark Douglas Correia, também foi afastado no âmbito da Operação Sangria.
Em nota, o prefeito diz ser o principal interessado na elucidação das investigações e reforça que sua gestão tem colaborado com a Justiça. Possas também se manifestou e disse ter conduta ilibada e estar colaborando com a Justiça.
Ao todo, são cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá/MT, Curitiba/PR e Balneário Camboriú/SC, além de medidas cautelares de suspensão de contratos administrativos e de pagamento “indenizatórios”, bem como de suspensão do exercício de função pública.
Operação
De acordo com a PF, a atuação do grupo se concentraria na prestação de serviços especializados em saúde no âmbito em de Cuiabá, especialmente em relação ao gerenciamento de leitos de unidade de terapia intensiva exclusivos para o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19.
Entretanto, as contratações emergenciais e os pagamentos “indenizatórios” abarcam serviços variados como a realização de plantões médicos, disponibilização de profissionais de saúde, sobreaviso de especialidades médicas, comodato de equipamentos de diagnóstico por imagem, transporte de pacientes etc.
As empresas investigadas forneceriam orçamentos de suporte em simulacros de procedimentos de compra emergencial, como se fossem concorrentes. Contudo, a investigação demonstrou a existência de subcontratações entre as pessoas jurídicas, que, em alguns casos, não passam de sociedades empresariais de fachada.
NOTA DA PREFEITURA
A Prefeitura de Cuiabá informa que:
– O prefeito Emanuel Pinheiro é o principal interessado na elucidação de toda e qualquer investigação e vai acatar as determinações judiciais.
– A gestão preza pela transparência e se coloca a inteira disposição da Justiça
Fonte: Rdnews
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