Os casos confirmados de infectados pela varíola dos macacos já chegam a 37 em Portugal, após 14 pessoas terem a doença detectada nas últimas horas. As autoridades de saúde não descartam um aumento, porque aguardam resultados de outras amostras.
Entre as análises realizadas, a Direção Geral de Saúde (DGS) de Portugal comunicou nesta segunda-feira, 23, a identificação de uma variedade do vírus da África Ocidental que é “menos agressivo”. O número de casos confirmados no País lusitano disparou desde quarta-feira passada, dia 18, quando a DGS comunicou os primeiros cinco casos de varíola dos macacos.
As autoridades de saúde portuguesas recomendam a ida ao médico antes do aparecimento de úlceras, erupções cutâneas ou gânglios linfáticos acompanhados de febre, dores musculares e cansaço. Eles também pedem às pessoas com sintomas que evitem o contato físico direto, além de compartilhar roupas, toalhas, lençóis e objetos pessoal.
A varíola dos macacos, do gênero Orthopoxvirus, é uma doença rara transmissível por meio do contato com animais, pessoas ou materiais infectados ou contaminados pelo vírus. Vários países europeus relataram casos deste vírus que foi detectado pela primeira vez na República Democrática do Congo em 1970 e se multiplicou na última década em países de África Ocidental e Central.
Dinamarca e Escócia têm primeiros registros da doença
A Dinamarca registrou a sua primeira incidência da varíola dos macacos em um homem adulto que havia retornado de uma viagem à Espanha, disse o Ministério da Saúde em declaração nesta segunda-feira. “As autoridades de saúde não esperam uma infecção generalizada na Dinamarca, mas estamos acompanhando de perto a situação para estarmos preparados para um possível desenvolvimento na situação de infecção”, disse o ministro da Saúde, Magnus Heunicke, em um comunicado.
O homem infectado está atualmente em isolamento e as autoridades estão em contato com quaisquer contatos próximos, disse o ministério.
A Escócia também anunciou seu primeiro caso. O primeiro-ministro britânico Boris Johnson disse, também nesta segunda-feira, que o governo está analisando cuidadosamente as circunstâncias que cercam a transmissão da varíola na Grã-Bretanha, já que a Escócia confirmou seu primeiro caso do vírus. “É basicamente uma doença muito rara e até agora as consequências não parecem ser muito graves, mas é importante que fiquemos de olho”, disse Johnson.
Já a Inglaterra tem 20 casos confirmados atualmente, de acordo com a última atualização, ocorrida na sexta-feira, dia 20. Outros casos foram identificados em vários países globalmente.
A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido disse que o risco para a população britânica permanece baixo, e que pessoas com contato próximos aos casos confirmados devem se isolar por 21 dias. (Com agências internacionais).
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