SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira (21) que o país restringiu os vistos dos Estados Unidos para funcionários do governo chinês. Pelo Twitter, ele afirmou que aqueles que violam os direitos humanos “devem continuar a enfrentar as consequências”.
“Os Estados Unidos tomaram medidas para impor restrições de visto a funcionários da RPC por tentarem intimidar, assediar e reprimir dissidentes e defensores de direitos humanos dentro e fora da China”, escreveu.
Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse os EUA querem ouvir uma “condenação verbal” sobre a invasão da Rússia, por parte da China. Mas ela garantiu que o presidente Joe Biden quer manter o diálogo aberto com o colega chinês Xi Jinping.
“Nossa opinião é de que a condenação verbal das ações do presidente Putin e das ações dos militares russos é importante e vital, e é sobre de que lado da história você quer ficar neste momento”, disse Psaki.
Segundo a porta-voz, a China também fez coro a “teorias da conspiração” russas sobre “armas químicas”.
“O que queremos ouvir é a condenação do que estamos vendo em terra”, acrescentou.
Na última quinta-feira (17), Blinken já havia dito que os EUA iriam impor sanções à China caso o país optasse por apoiar a Rússia no conflito armado contra a Ucrânia.
No dia seguinte, em conversa com o presidente da China, Xi Jinping, o mandatário norte-americano, Joe Biden, disse que alertou o colega para “consequências” em caso de apoio militar e econômico de Pequim a Moscou na guerra da Ucrânia. O norte-americano pediu para que o chinês “fique do lado certo” do conflito e disse que também está se “empenhando para uma solução diplomática da crise”.
Na ocasião, segundo a emissora estatal chinesa “CCTV”, Xi reafirmou para Biden “que conflitos militares não interessam a ninguém” e que a “crise ucraniana não é algo que queríamos ver acontecer”.
China e EUA têm posições conflitantes na questão por conta da estreita parceria entre Pequim e Moscou. Os chineses, inclusive, evitam usar o termo guerra assim como deseja a Rússia, que chama a invasão de “operação militar especial”.
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