Uma criança de dois anos foi hospitalizada em estado grave após ser atacada por um coiote enquanto brincava na varanda de casa em Dallas, nos Estados Unidos da América (EUA).
O ataque ocorreu por volta das 8h30 de terça-feira, segundo a informação divulgada pela polícia local que disparou sobre o animal fazendo-o fugir para a floresta. Como as autoridades não sabem se o feriram, está a decorrer uma busca para encontrá-lo, tendo os moradores sido já alertados para o perigo.
Este incidente ocorreu menos de uma semana depois de outro coiote ter mordido no rosto uma menina de dois anos perto do cais da praia de Huntington, no sul da Califórnia. Também esta criança foi levada para o hospital com ferimentos graves, após o animal ter sido baleado e morto, informou o jornal Daily Mail.
Segundo o biólogo de vida selvagem urbana, Sam Kieschnick, o coiote teria sido alimentado por residentes, que poderiam não ter consciência do problema que estariam causando. Caso contrário, teria evitado o contato humano.
Robert Timm, outro biólogo da vida selvagem, que estuda a história do contato humano com coiotes, explicou que a falta de medo dos humanos pode ser desastrosa para estes animais. Num relatório da sua coautoria, para a revista Human-Wildlife Interactions, citou um estudo de 2009 que registou 142 relatos de ataques de coiotes a humanos nos Estados Unidos e no Canadá ao longo de quase meio século, de 1960 a 2006.
“Este é um problema difícil de gerir, dada a diversidade de atitudes do público em relação aos coiotes, especialmente nas áreas suburbanas”, esclareceu, acrescentando: “Isto rapidamente torna-se um pesadelo político para cidades, condados e agências públicas, pois muitas pessoas opõem-se a qualquer controlo da vida selvagem, que às vezes é a única solução quando alguns coiotes se habituam a viver nos subúrbios a ponto de atacar animais de estimação e humanos”.
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