“Em Gostomel, perto de Bucha, numa das garagens da rua Svyatopokrovskaya, a polícia encontrou onze civis mortos. Os moradores dizem que os atiradores dispararam sobre as pessoas e depois colocaram os mortos na garagem”, disse Avakov num comunicado, citado pelo jornal ucraniano ‘Ukrayinska Pravda’.
O controle de Gostomel, a noroeste de Kiev, com um aérodromo nas proximidades, foi alvo de fortes combates desde o início da guerra. As tropas ucranianas recuperaram esta semana o controle de Gostomel e das cidades vizinhas de Bucha e Irpin, após a retirada russa.
O chefe da administração militar de Gostomel, Taras Dumenko, disse na terça-feira que mais de 400 pessoas estão dadas como desaparecidas na cidade, depois de 35 dias de ocupação por parte de tropas russas.
Foram encontrados em Bucha, a noroeste de Kiev, centenas de civis mortos nas ruas e em valas comuns, após a retirada dos militares russos.
Na noite de quarta-feira, a Administração Estatal de Kiev avançou que os alarmes antiaéreos foram ouvidos novamente na cidade.
“Atenção! Um alerta aéreo foi declarado em Kiev!”, disse a administração num comunicado divulgado na plataforma Telegram e citado pela agência Ukrinform.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou
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