SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os governos sueco e finlandês entregaram nesta quarta (18) o pedido formal para a admissão na Otan, a aliança militar liderada pelos EUA que hoje tem 30 membros.
A inscrição rompe 213 anos de neutralidade de Estocolmo e 75 anos, de Helsinque, e foi motivada pela invasão russa da Ucrânia -que visava, entre outras coisas, manter Kiev fora da própria Otan para não trazer forças ocidentais às fronteiras do país de Vladimir Putin.
O processo de avaliação, que poderia durar até dois anos, será acelerado, disse a Otan. Mas existe um primeiro e grande obstáculo, que é a resistência turca. Ancara, que como membro do clube tem poder de veto a novos sócios, já disse que não aceita a entrada porque os países protegem opositores do governo de Recep Tayyip Erdogan e aplicam embargo de armas a ele.
Observadores especulam que os turcos queiram também outras vantagens, como a volta ao programa de fabricação do caça americano F-35, do qual foram expulsos por comprar sistemas antiaéreos da Rússia. Erdogan apoia Kiev na guerra, mas é próximo de Putin.
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